São Paulo, 03/09/2025 - Embora ainda represente uma parcela pequena, o número de pessoas com mais de 65 anos de idade que usam plataformas online para marcar consultas médicas vem crescendo.
O relatório
Perfil do Paciente Digital 2025, lançado este ano pela plataforma de saúde e agendamento de consultas
Doctoralia, mostra, por exemplo, que a participação de usuários na faixa 65+ duplicou de 3% em 2018 para 6,4% em 2024.
O levantamento considera um cenário de 20 milhões de usuários mensais que utilizam a plataforma para agendar consultas e destaca que a transformação digital foi especialmente impulsionada pela pandemia de Covid-19, que aproximou os serviços online da população em geral. Considerando esse recorte etário, 47% das pessoas que agendam consultas online têm mais de 45 anos de idade.
Segundo o relatório, de 2018 a 2024, a principal faixa de idade dos usuários era de 25 a 34 anos, mas a plataforma diz que com o passar dos anos vem registrando um interesse maior de outros dois perfis: usuários mais jovens, de 18 a 24 anos, e também mais velhos, especialmente acima de 65 anos.
Preferências no agendamento de consultas online
De modo geral, a pesquisa mostra que a maioria dos agendamentos (63%) é feita por mulheres usando o celular. O dispositivo foi responsável por 84% dos acessos em 2024. Entre as especialidades mais buscadas, a ginecologia lidera, com 12% dos agendamentos, seguido de psiquiatria, dermatologia, ortopedia, psicologia e urologia.
Quanto às condições de saúde mais pesquisadas, o
autismo prevalece, seguido de endometriose e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Já os serviços mais buscados foram avaliação neuropsicológica, terapia de casal e tratamento do TDAH.
Opiniões de outros pacientes ganham relevância online
Ainda de acordo com o relatório, as escolhas pelo profissional de saúde envolvem vários fatores, sendo a quantidade de opiniões de outros pacientes o ponto mais importante para a maioria. A aceitação de plano de saúde, a disponibilidade e a localização também foram colocadas como os critérios mais citados. Embora em menor porcentagem, aspectos como atuação do médico em mídias sociais e foto de perfil também aparecem entre os dez fatores mais relevantes.
A importância da opinião de outros pacientes no ambiende digital é uma tendência que já vem se construindo há alguns anos na saúde. Em 2022, por exemplo, um estudo do Instituto Datafolha e da farmacêutica Abbvie apontou o Google como principal meio utilizado pelos brasileiros para tirar dúvidas e coletar opiniões sobre saúde. Em seguida, aparecia o médico de confiança ou o posto de saúde, com 42% da preferência das pessoas.
Além do Google e do médico de confiança, essa pesquisa mostrou que as redes sociais foram apontadas como outra fonte de informações médicas, sendo as mais citadas na época as plataformas Instagram, Twitter (atualmente chamado de X) e Facebook.
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