Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
[email protected]É comum que, com o passar dos anos, a mente pregue algumas peças. Quem nunca passou por uma situação em que esqueceu onde colocou o celular, mesmo ele estando na própria mão? Ou então perdeu o fio da meada durante uma conversa ou precisou de alguns segundos para lembrar de uma informação que parecia sumida da cabeça? Esses lapsos momentâneos são parte natural da vida e, geralmente, não significam algo sério. Mas quando é hora de se preocupar com a memória?
À medida que envelhecemos, o cérebro também sofre alterações naturais. Regiões importantes para a memória, como o hipocampo e o córtex pré-frontal, podem diminuir de tamanho, dificultando a concentração, a organização de pensamentos e a realização de múltiplas tarefas ao mesmo tempo.
Em um artigo divulgado pela Harvard Health Publishing, essas mudanças são comuns e, na maior parte das vezes, não indicam o surgimento de doenças como a demência. Contudo, é preciso estar atento quando essas falhas de memória começam a se intensificar ou a impactar a rotina diária. Por exemplo:
Esses sinais marecem atenção. Um ponto importante é que nem sempre quem está passando por esses sintomas percebe o que está acontecendo. Por isso, é valioso contar com o olhar atento de familiares e amigos. Muitas vezes, são essas pessoas que notam primeiro as alterações no comportamento, na memória ou nos hábitos diários e podem ajudar a identificar se algo mais sério está acontecendo.
Mas é essencial lembrar que nem todo esquecimento está ligado a doenças degenerativas, diversos fatores podem comprometer temporariamente a memória, como:
Problemas emocionais, como ansiedade e depressão, também podem afetar a clareza mental e a capacidade de lembrar das coisas.
O ideal, em casos de dúvida, é procurar um profissional da área da saúde. Um médico clínico pode realizar uma avaliação inicial e encaminhar para exames mais detalhados, caso necessário e investigar a fundo. É de suma importância pois, em alguns casos, os lapsos de memória podem estar ligados a pequenos AVCs silenciosos, que causam danos discretos ao cérebro, mas que, com o tempo, podem levar a quadros mais graves, como a demência vascular.
Além disso, caso seja constatado um estágio inicial de demência, o diagnóstico precoce permite planejar o tratamento, adotar mudanças no estilo de vida e buscar apoio para garantir qualidade de vida e boa memória por mais tempo.
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