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Vai viajar? Saiba quais vacinas tomar para sair de casa protegido

Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde

Boa parte das vacinas precisa de 10 a 20 dias para oferecer proteção total, o que exige planejamento antecipado em caso de viagens - Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde
Boa parte das vacinas precisa de 10 a 20 dias para oferecer proteção total, o que exige planejamento antecipado em caso de viagens
Bianca Bibiano
Por Bianca Bibiano bianca.bibiano@viva.com.br

Publicado em 28/11/2025, às 12h07

São Paulo, 28/11/2025 - Se você vai viajar neste verão, além de bagagem, roteiros e orçamentos, você também precisa colocar no seu planejamento a atualização das vacinas, um ponto de saúde importante que pode significar a diferença entre passar uma viagem tranquila ou precisar de cuidados médicos durante os dias de lazer.
De modo geral, seja para viagens dentro do Brasil ou para o exterior, é fundamental estar com a caderneta de vacinação em dia, explica o médico Fábio Argenta, sócio-fundador e diretor médico da Saúde Livre Vacinas. "Essa medida protege o viajante e evita a disseminação de doenças em outros territórios. Além disso, alguns países exigem comprovante de vacinação na entrada", destaca.
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Qual o melhor momento para tomar vacina antes de uma viagem?

Boa parte das vacinas são tomadas na fase da infância, mas com o passar dos anos, o sistema imunológico tende a enfraquecer, tornando o organismo mais vulnerável a diversas infecções e doenças. Por isso, a vacinação continua sendo uma estratégia essencial de saúde pública, com reforços e doses específicas para cada fase da vida, em especial para pessoas 50+.
A maioria das vacinas precisa ser aplicada com um intervalo mínimo de 10 a 20 dias antes do início da viagem, considerando o tempo necessário para que os imunizantes ofereçam proteção total ao organismo, o que exige planejamento antecipado.
Outra recomedação para evitar contratempos é levar a caderneta de vacinação na mala junto aos certificados exigidos, especialmente se o destino for internacional.

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Quais doenças a vacinação ajuda a evitar durante as viagens?

Gripe

A vacina contra a influenza oferece proteção contra as cepas sazonais do vírus causador da gripe, reduzindo o risco de contrair a doença durante a viagem. É recomendada a partir de 6 meses de vida e sem limite máximo de idade. Para crianças entre 6 meses a 8 anos na primeira vacinação, recomendam-se duas doses, com intervalo de 30 dias entre elas.
Em adultos, é possível recorrer à dose única de reforço. “A passagem por locais movimentados, como aeroportos, restaurantes e hotéis aumentam o risco de contágio. É recomendado para todos os destinos nacionais e internacionais”, orienta o médico Fábio Argenta. No Sistema Único de Saúde (SUS), ela está disponível em uma dose anual e deve ser renovada com a vacina da temporada.
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Pneumonia

A vacina pneumocócica 23-valente (chamada de pneumo 23) é o esquema vacinal mais completo atualmente contra infecções causadas pela bactéria streptococcus pneumoniae, sendo especialmente indicada para idosos com doenças crônicas e comorbidades. Ela é tomada em dose única e protege contra pneumonia, meningite e outras doenças ligadas à bactéria.
No SUS, está disponível somente para idosos acamados ou institucionalizados, sem histórico vacinal, e povos indígenas sem histórico vacinal com pneumocócica conjugada Além disso, uma segunda dose deve ser administrada com intervalo de 5 anos após a 1ª dose.

Vírus sincicial respiratório (VSR) 

O VSR é um vírus altamente contagioso que pode causar infecções respiratórias em pessoas de todas as idades, como a bronquiolite. Se for subdiagnosticado em idosos, ele eleva o risco de quadros como pneumonia grave e até mesmo óbito. A letalidade em idosos pode ser até 20 vezes maior que em crianças.
Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou a compra desse tipo de vacina para o SUS, mas apenas para recém-nascidos. Para idosos, a possibilidade de reforço existe apenas na rede privada.
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Febre amarela

Recomendada para toda a população a partir dos 9 meses de idade, a vacina contra a febre amarela é obrigatória para viajantes que visitam áreas endêmicas, como Maldivas, Egito, China, Emirados Árabes, Tailândia, Bahamas, entre outros. “Ela também é recomendada para locais em que a pessoa terá contato com a natureza, incluindo alguns estados brasileiros, como Amazonas, Mato Grosso, Espírito Santo e Minas Gerais”, informa o médico. 

Sarampo

O ideal é que a imunização contra o sarampo seja feita no bebê aos 12 meses e a segunda dose aos 15 meses. Mas pessoas entre um ano de idade e 59 anos, que não foram vacinadas ou têm esquema de vacinação incompleto, também podem se vacinar contra a doença. Além disso, em crianças de 6 meses a 1 ano, a vacinação pode ser indicada em caso de surto. 
Segundo Fábio Argenta, embora não seja obrigatória, essa vacina deve ser priorizada conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), diante do aumento de casos no Brasil e em países vizinhos. Assim, vacinar-se contra o sarampo protege não apenas os viajantes, mas também as comunidades visitadas, especialmente em destinos como França, Reino Unido, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha, Holanda, Austrália, Argentina e México.

Poliomielite

A vacina contra a poliomielite é indicada para todas as crianças com menos de 5 anos de idade. No entanto, também é recomendada para adultos que irão para destinos onde a poliomielite não foi totalmente erradicada, tais como: China, Indonésia, Paquistão, Somália, Egito, Madagascar, Filipinas, entre outros. Essa vacina protege contra os sintomas incapacitantes da doença.

Meningite

Indicada para bebês com três, cinco e 12 meses de vida, com reforço entre 11 e 14 anos de idade, a vacina contra a meningite também pode ser indicada para adultos em situações específicas, como viagens, condições de risco ou exposição profissional. O imunizante é recomendado para todos os destinos por proteger contra o meningococo, uma das bactérias que podem causar inflamação nas membranas que revestem o cérebro.

Dengue

A vacinação contra dengue é uma das poucas que exige um planejamento de mais longa data, isso porque atualmente ela é disponível em duas doses, com intervalos de três meses entre elas e a eficácia só é oferecida após o esquema completo. A aplicação pode ser feita na rede privada em pessoas de 4 a 60 anos de idade e também no SUS, mas apenas de acordo com campanhas locais e disponibilidade.
Nesta semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou também a primeira vacina de dose única contra a dengue, que passará a integrar o calendário da saúde pública a partir de 2026. Ela será indicada para prevenção em pessoas de 12 a 59 anos de idade para as tipagens 1,2,3 e 4 da doença. Essa versão, porém, ainda não é comercializada.

Covid-19 

Também oferecida no SUS, a vacina contra a covid-19 deve ser reforçada com dose semestral para pessoas acima de 60 anos. Assim com a maioria dos imunizantes, ela apenas começa a ter efeitos a partir de 15 dias após a aplicação.
Porém, o efeito protetivo somente é completo com a segunda dose e os reforços sazonais, o que exige um planejamento maior para quem nunca se vacinou contra a doença e quer viajar sem riscos de contaminação.
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Proteção extra

Apesar da imunização ser insubstituível, os cuidados básicos como o uso de repelentes, consumo de água potável e higiene das mãos com sabão ou álcool também fazem parte da saúde preventiva nas viagens, "completando a proteção de toda família e garantindo férias mais saudáveis”, observa Fábio Argenta.
Em viagens de avião, por exemplo, o álcool em gel é permitido em pequenos frasco de uso individual, facilitando a higienização nos trajetos. E se você vai receber visitas na sua casa nesse período, também pode incentivar o uso, deixando um frasco disponível de forma estratégica.

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