Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
[email protected]A indústria dos videogames, hoje uma gigante global, teve um início modesto, marcado por experimentações e inovações tecnológicas que marcaram a primeira geração de gamers.
Desde o lançamento do primeiro console doméstico até a chegada dos videogames ao Brasil, a trajetória desses aparelhos reflete a evolução da tecnologia e dos hábitos de entretenimento.
O que um dia foi algo tão longe da realidade de muitas pessoas no país, hoje, os maiores nomes no mundo gamer, são do Brasil e contam com seguidores do mundo inteiro consumindo seu conteúdo.
E foi pensando nas origens que reunimos uma lista com os primeiros consoles do mundo e sua trajetória e sucesso entre os jovens da época. Confira abaixo:
Em 1972, o engenheiro Ralph Baer lançou o Magnavox Odyssey, considerado o primeiro console de videogame doméstico do mundo. O aparelho permitia que os usuários jogassem na televisão, utilizando controles simples e overlays plásticos que simulavam cenários na tela. Apesar de suas limitações técnicas, como a ausência de som e placar, o Odyssey foi um marco na história dos jogos eletrônicos.
Inspirado no jogo de tênis do Odyssey, a Atari lançou em 1975 o Atari Pong, um console dedicado a um único jogo: o Pong. Com controles rotativos integrados e gráficos simples, o aparelho conquistou o público e vendeu mais de 150 mil unidades no Natal daquele ano, consolidando o mercado de consoles domésticos.
No Brasil, o primeiro console de videogame foi o Telejogo, lançado em 1977 pela Philco-Ford. Baseado no conceito do Pong, o aparelho oferecia três variações de jogos: Paredão, Futebol e Tênis. Com controles integrados e gráficos em preto e branco, o Telejogo marcou o início da indústria de videogames no país.
Em 1983, a Gradiente, por meio de sua subsidiária Polyvox, lançou oficialmente o Atari 2600 no Brasil. O console, que utilizava cartuchos intercambiáveis, oferecia uma variedade de jogos e rapidamente se tornou um sucesso de vendas, popularizando os videogames no país.
Também em 1983, a Sharp, através da Digimed (posteriormente Digiplay), introduziu o Intellivision no mercado brasileiro. Com gráficos mais detalhados e controles inovadores, o console visava um público mais exigente. Apesar de seu preço elevado, o Intellivision conquistou uma base fiel de fãs.
A empresa brasileira Splice lançou o Splice Vision, um console baseado no ColecoVision americano. Com gráficos superiores e maior capacidade de memória, o aparelho era voltado para entusiastas de tecnologia. No entanto, seu alto custo limitou sua popularidade.
No final dos anos 1980, a Gradiente lançou o Phantom System, um console compatível com os cartuchos do Nintendo Entertainment System (NES). Com design semelhante ao Atari 7800 e controles inspirados no Mega Drive, o Phantom System se tornou o clone de NES mais popular no Brasil, até que a Gradiente firmou parceria com a Nintendo para lançar consoles oficiais no país.
Em 1989, a Tec Toy iniciou a fabricação do Master System no Brasil, fruto de uma parceria com a Sega. O console vinha com jogos na memória e acessórios como a pistola Light Phaser. Apesar do preço elevado, o Master System teve sucesso de vendas e consolidou a presença da Sega no mercado brasileiro.
A evolução dos videogames, desde o Magnavox Odyssey até os consoles que marcaram presença no Brasil, reflete a rápida transformação tecnológica e cultural das últimas décadas. Esses pioneiros abriram caminho para a indústria bilionária que conhecemos hoje, moldando gerações de jogadores e influenciando o entretenimento global.
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