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IA não substitui atendimento humanizado, mas pode ajudar no cuidado a idosos

Manuela França/Viva

Painel discutiu o uso de IA para criar residencias e produtos que contribuem para o bem-estar e prevenção de doenças em idosos - Manuela França/Viva
Painel discutiu o uso de IA para criar residencias e produtos que contribuem para o bem-estar e prevenção de doenças em idosos

São Paulo, 29/10/2025 - Mais do que tratar, o importante é prevenir doenças. O arquiteto Carlos Vinicius avalia que a arquitetura transforma o viver bem, pois espaços moldam comportamentos e hábitos, podendo promover saúde ou levar ao adoecimento. Assim, um ambiente de qualidade proporciona qualidade da vida. “Quando se planeja a casa com foco no processo de envelhecimento, eu reduzo muito risco de quedas, por exemplo, os espaços são moldáveis a equipamentos e hábitos", disse durante o painel “Senior Living e o uso da Inteligência Artificial para promover o bem-estar e a qualidade de vida dos residentes”, no Fórum São Paulo Longevidade,

 Vinicius, que é sócio da Mari Chao Arquitetura, também afirmou que arquitetura, tecnologia e inteligência artificial juntas tornam o cuidado mais acessível. Mas para isso, as pessoas precisam entender como os processos funcionam.  Um equipamento tecnológico de última geração, sem entendimento, pode ser jogado fora”, avaliou, acrescentando que a IA amplia o cuidado, mas nunca irá substituir o cuidado humanizado.

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Fundador da International School Of Game (ISGAME), Fabio Ota afirmou que as pessoas ainda não acreditam nos benefícios que a prevenção pode trazer. “Prevenção é mudança de hábito e hábitos demoram para acontecer. Pessoas idosas não estão preocupadas com prevenção”, afirmou. Ota começou a pesquisar o uso de jogos para a prevenção da perda congnitiva, após sua tia não o reconhecer, e criou, em 2014, o programa Cérebro Ativo, 

Vinicius ainda observou que uma das questões para os produtos e serviços não terem aderência de idosos e empresas é porque as pessoas não enxergam a qualidade empregada. “Cada condomínio pensado com o objetivo de prevenção e qualidade de vida, cada solução implementada para isso ajuda a valorizar o local. Não se pode só querer ganhar dinheiro, é preciso gerar valor no negócio, falta vontade para isso”, pondera.

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CEO da Anglis, Marcus Maida contou que a empresa desenvolveu um sistema de monitoramento tecnológico de pessoas, para instalação em residências  e sênior living, capaz de identificar e aprender o comportamento do morador e disparar alerta em situações de risco como queda ou qualquer outra ação fora da rotina. Ele diz que todo o processo é feito sem invadir a privacidade da pessoa, pois utilizaa sensores e, não de imagens.

Maida avalia que as empresas precisam olhar com mais atenção para esse público. “As empresas que não enxergam esse público têm miopia, não tem como não enxergar”, disse.

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