Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 10/10/2025 - O WhatsApp continua sendo campo de ação de um ciberataque que vem preocupando especialistas em todo o país. O novo ataque é o SORVEPOTEL, um malware que combina técnicas avançadas de automação com manipulação psicológica para se espalhar rapidamente entre usuários e empresas brasileiras.
Como explica a CEO da DMK3, Mirella Kurata, o SORVEPOTEL se disfarça em mensagens aparentemente inofensivas, como recibos, orçamentos ou comprovantes que trazem anexos compactados em ZIP ou links maliciosos.
Quando o usuário abre o arquivo, o vírus é executado silenciosamente, podendo acessar dados, espionar atividades, bloquear arquivos e até suspender a sua conta, pela política anti-spam da plataforma.
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O mais preocupante, no entanto, é sua capacidade de autopropagação, que ao detectar uma sessão ativa do WhatsApp Web, o malware reenviará automaticamente a mesma mensagem para contatos e grupos, criando uma infecção em cadeia. Em poucos minutos, um clique pode transformar-se em um incidente de grande escala.
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Para a especialista, o caso vai além da questão técnica, pois revela uma falha cultural, mostrando que o SORVEPOTEL é um ponto fraco não apenas em sistemas, mas nas pessoas.
Ela lembra que o cibercrime atual é estruturado, com divisão de funções e estratégias bem coordenadas. "Esses criminosos combinam técnica, psicologia e estratégia", afirma.
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O impacto do golpe pode ser devastador tanto em nível pessoal quanto corporativo. Em empresas, a contaminação pode afetar sistemas inteiros, comprometendo o funcionamento de setores críticos e expondo dados de clientes e parceiros.
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Diante desse cenário, a especialista reforça que boas práticas podem reduzir os riscos, tais como:
Caso o dispositivo já tenha sido infectado, a orientação é agir rapidamente. O correto a se fazer é desconectar o aparelho da internet, fazer uma varredura completa com um antivírus confiável e alterar todas as senhas, começando pelas contas de e-mail e bancos.
Também é importante avisar os contatos sobre a infecção do SORVEPOTEL, registrar um boletim de ocorrência digital e, em casos corporativos, acionar uma empresa especializada em cibersegurança para conter o impacto e revisar protocolos internos.
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