Estudo revela os sacrifícios que os brasileiros fazem para maratonar séries

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Mais da metade dos brasileiros consultados (51%) no levantamento  já passou a madrugada assistindo a séries - Foto: Envato Elements
Mais da metade dos brasileiros consultados (51%) no levantamento já passou a madrugada assistindo a séries

Por Joyce Canele

redacao@viva.com.br
Publicado em 09/09/2025, às 18h59

São Paulo, 09/09/2025 -- Um levantamento realizado pela Nexus (Pesquisa e Inteligência de Dados), revelou até onde vai o entusiasmo dos brasileiros, quando o assunto é maratonar suas séries favoritas. O estudo ouviu mil pessoas das classes A, B e C, em todas as regiões do País, entre 14 e 20 de julho de 2025.

Entre as descobertas, a pesquisa revelou que diversos espectadores assumem já ter perdido compromissos com seus familiares, deixado de sair com amigos e até assistido a episódios durante o expediente de trabalho para não interromper a sequência de suas séries.

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O objetivo foi mapear os comportamentos e ‘sacrifícios’ feitos pelos espectadores em nome das maratonas. Os entrevistados foram divididos em três perfis: 

  • Espectador Casual: que respondeu 'sim' a até três situações apresentadas; 
  • Maratonista Dedicado: com quatro a sete respostas positivas; e 
  • Mestre do Binge: que disse 'sim' para oito ou nove perguntas. 

Essa última categoria representa os fãs mais fanáticos, capazes de assistir a temporadas inteiras de uma só vez. Entre os dados mais reveladores está o hábito de virar a noite em frente à TV. 

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Mais da metade dos brasileiros consultados (51%) admitiu ter passado a madrugada assistindo a séries.

O índice sobe para 72% entre pessoas com ensino superior completo e chega a 61% entre a Geração Z, formada por jovens de 13 a 28 anos. Já entre os baby boomers, de 61 a 79 anos, apenas 33% disseram ter feito o mesmo. O impacto das maratonas também aparece em outras esferas da vida social.

Mais de um terço dos entrevistados (36%) já deixou de sair com amigos para continuar assistindo, enquanto 21% confessaram ter perdido encontros amorosos e 17% assumiram ter faltado a compromissos familiares pelo mesmo motivo. Há ainda os que foram além:

  • 24% disseram já ter assistido durante o trabalho ou em sala de aula; e
  • 17% chegaram a inventar doença para permanecer em casa diante da tela.

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Assistindo filme
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Contraste entre gerações

Enquanto os mais jovens encaram esses comportamentos como naturais, os mais velhos tendem a rejeitar práticas como virar madrugadas ou cancelar compromissos para priorizar o streaming.

A pesquisa também aponta maior intensidade entre as classes mais altas e a população economicamente ativa, em comparação com faixas de renda e escolaridade mais baixas.

Esse movimento mostra como a cultura do streaming remodelou a rotina e o lazer, criando um novo perfil de consumidor.

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O desafio para as plataformas é equilibrar os diferentes ritmos de consumo, desde o espectador casual até o mais dedicado nas maratonas, que enxerga nas séries um verdadeiro estilo de vida.

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