Falta de planejamento compromete férias de 76% dos brasileiros, diz pesquisa
Envato
Por Fabiana Holtz
18/12/2025 | 17h15
São Paulo, 18/12/2025 - Separar uma reserva para curtir as férias de final de ano não foi possível em algum momento para mais de dois terços dos brasileiros ouvidos pela pesquisa da Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box. Embora 71% tenham afirmado que se programaram para o período de folga, 76% já deixaram de viajar no período por falta de planejamento financeiro.
Sem qualquer tipo de planejamento, 18% dizem gastar apenas conforme conseguem. Resultado desse comportamento, 51% afirmam enfrentar dificuldades financeiras no retorno das férias coletivas, e 49% já se endividaram por despesas feitas nesse período.
Entre os que planejam reduzir os gastos em relação ao recesso do ano anterior, 49% tem como prioridade pagar dívidas e 23% estão focados em evitar excessos.
Para Rodrigo Costa, especialista da Serasa em educação financeira, os números mostram que ainda falta organização mais consistente do orçamento doméstico para o brasileiro. Segundo o especialista, planejar férias vai além de definir um valor para gastar. “Quando o consumidor se antecipa, evita o uso excessivo do crédito e preserva a saúde financeira no início do ano seguinte”, aconselha.
Compare preços e defina limites
Outra recomendação de Costa é comparar preços e definir limites claros de gastos com antecedência para evitar endividamentos desnecessários. “O ideal é usar recursos extras, como o 13º salário, de forma estratégica, priorizando pagamentos à vista e evitando parcelamentos longos”, explica.
Entre os que se planejam para o período, 34% dos entrevistados revelaram que se organizaram com mais de três meses de antecedência. Outros 40% afirmaram ter planos de recorrer ao crédito para custear as próximas férias.
Entre as formas de pagamento mais utilizadas, com 38% o parcelamento no cartão de crédito mantém a lidera, seguido pelo pagamento à vista via Pix ou transferência bancária (31%) e o uso do 13º salário (15%).
Realizada entre 11 e 15 de novembro, a pesquisa realizou 1.152 entrevistas online em todo o Brasil. A margem de erro do levantamento é de 2,9 pontos percentuais.
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