Minha Casa, Minha Vida passa a atender famílias de maior renda; entenda

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O programa Minha Casa, Minha vida passou por uma ampliação em 2025. - Foto: Envato Elements
O programa Minha Casa, Minha vida passou por uma ampliação em 2025.

Por Beatriz Duranzi

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Publicado em 23/04/2025, às 12h51

O Minha Casa, Minha Vida (MCMV), principal iniciativa habitacional do Governo Federal, passou por uma ampliação em 2025. Com um orçamento robusto e novas diretrizes, o programa visa atender um número maior de famílias brasileiras, especialmente aquelas em situação de vulnerabilidade.​

Agora, o programa inclui uma nova faixa de renda que beneficia famílias de classe média. A partir de maio de 2025, famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil poderão financiar imóveis de até R$ 500 mil, com condições facilitadas de crédito.

O que mudou no Minha Casa, Minha Vida em 2025?

O governo federal anunciou a contratação de 187,5 mil novas unidades habitacionais em 2025, com um investimento de R$ 13 bilhões. A meta é beneficiar cerca de 560 mil famílias em todo o país, priorizando aquelas com renda mais baixa e em situação de vulnerabilidade social.

As novas unidades serão construídas em áreas urbanas consolidadas ou em expansão, garantindo acesso a serviços essenciais como transporte público, saúde, educação, saneamento e energia elétrica.

O que muda com a nova Faixa 4

A principal novidade é a criação da Faixa 4, destinada a famílias com renda mensal de R$ 8 mil a R$ 12 mil. Essa faixa permite o financiamento de imóveis de até R$ 500 mil, com prazos de pagamento de até 420 meses (35 anos) e taxa de juros nominal de 10,5% ao ano, abaixo das praticadas pelo mercado.

A expectativa do governo é beneficiar cerca de 120 mil famílias até 2026 com essa nova modalidade.

Resultados do programa até 2024

Desde a retomada do programa em 2023, o Minha Casa, Minha Vida contratou mais de 1,4 milhão de novas unidades habitacionais. Com a inclusão da Faixa 4, a meta é alcançar 3 milhões de moradias até 2026.

Além disso, o programa passou a incluir melhorias nos empreendimentos, como a obrigatoriedade de bibliotecas e varandas nas residências, e limita o tamanho dos condomínios a no máximo 750 unidades, visando fortalecer o senso de comunidade entre os moradores.

Como se inscrever no programa?

O processo de inscrição no Minha Casa, Minha Vida varia conforme a faixa de renda:​

  • Faixa 1: renda familiar de até R$ 2.850,00, com subsídio de até 95% do valor do imóvel;
  • Faixa 2: renda familiar de R$ 2.850,01 a R$ 4,7 mil, com subsídio de até R$ 55 mil e juros reduzidos;
  • Faixa 3: renda familiar de R$ 4.700,01 a R$ 8,6 mil, sem subsídios, mas com condições de financiamento facilitadas;
  • Faixa 4: renda familiar de R$ 8 mil a R$ 12 mil, com juros de 10,5% ao ano, 420 parcelas e limite de financiamento de até R$ 500 mil, de imóveis novos e usados.

Importante: não há cobrança de taxas para o cadastramento no programa, tanto em áreas urbanas quanto rurais.

  • Faixa 1: inscrição por meio da prefeitura local ou de entidades organizadoras sem fins lucrativos.​
  • Faixas 2, 3 e 4: procura direta a instituições financeiras que operam o programa, como a Caixa Econômica Federal ou o Banco do Brasil.​

Tipos de imóveis e infraestrutura

As moradias oferecidas pelo programa incluem casas térreas com no mínimo 40 m² e apartamentos ou casas sobrepostas com área útil de 41,5 m², incluindo varanda. Todas as unidades serão entregues com acesso à infraestrutura básica, como água, energia elétrica, saneamento e transporte público.​

Com essa ampliação, o Minha Casa, Minha Vida busca atender a um público mais amplo, facilitando o acesso à moradia própria para diversas faixas de renda e contribuindo para a redução do déficit habitacional no País.

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