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População 61+ se vê como a mais planejada financeiramente, revela Planejar

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Média de idade da população consultada pelo Datafolha é de 40 anos, sendo a maioria do público feminino (53%) - Adobe Stock
Média de idade da população consultada pelo Datafolha é de 40 anos, sendo a maioria do público feminino (53%)
Fabiana Holtz
Por Fabiana Holtz fabiana.holtz@viva.com.br

Publicado em 04/11/2025, às 09h11

São Paulo, 04/11/2025 - A população a partir de 61 anos desponta como a que se considera mais planejada financeiramente, revela pesquisa “O planejamento financeiro do brasileiro: da consciência à prática”, realizada pelo Datafolha a pedido da Planejar, entidade responsável no Brasil pela certificação de planejadores financeiros. Dentre essa faixa etária, 70% dos entrevistados se descreve com nível razoável, muito ou extremamente planejado financeiramente.
Do total, 41% do público entrevistado não se considera uma pessoa planejada. 
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Datafolha/Planejar
Dois terços do público ouvido afirma planejar as despesas do mês sempre ou frequentemente. Mesmo entre os insatisfeitos com sua condição financeira, mais da metade (55%) tem essa frequência de organização. Entre os que não se consideram pessoas planejadas, o percentual também é elevado, de 44%.
Pelo universo pesquisado, a média da faixa etária do público é de 40 anos, sendo 28% com idades entre 45 e 60 anos e 10% acima de 61 anos, sendo 78% economicamente ativos (com 56% empregados em trabalhos formais). 
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Pelo grau de escolaridade, a insatisfação com a situação financeira é maior entre as pessoas que têm apenas ensino fundamental, que não são economicamente ativas (não integram a força de trabalho) e que pertencem à classe C.
Já 41% da população da classe A se considera satisfeita com sua condição financeira, quase quatro vezes mais que na classe C.
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Base total da amostra: 2.000 pessoas

Percepção por gênero e classe

No recorte por gênero, 53% dos ouvidos são mulheres e 47% homens. Entre os homens, uma parcela considerável de 65% se considera planejada (razoável, muito ou extremamente). Já entre as mulheres o grupo que se considera planejada cai para 53%. No recorte por classe social, entre os mais endinheirados (classe A), 82% se consideram planejados, enquanto na classe C são 53%.
Outro dado curioso trata da satisfação das pessoas em relação à sua condição financeira e ao nível de planejamento. Mesmo que 46% dos entrevistados afirmem se sentir insatisfeitos com sua atual condição financeira, 59% se consideram razoavelmente, muito ou extremamente planejada. Somente 16% se consideram satisfeitos com a sua atual condição financeira.
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Os números sugerem que a insatisfação e a falta de planejamento estão ligadas a um maior descontrole nos gastos, apontam os números do Datafolha. 

Por dentro do orçamento

Segundo o levantamento, 39% dos brasileiros ouvidos gastaram mais do que receberam no último ano. O índice sobe para 53% no recorte dos insatisfeitos com a condição financeira e para 54% entre os que não se consideram planejados financeiramente. 
No último ano apenas 23% dos entrevistados gastou menos do que recebeu. Nesse recorte, 50% dizem estar satisfeitos com sua condição financeira, e 42% se consideram planejados.
Somente 7% dos entrevistados revelaram não saber quanto gastam por mês, contra 41% que afirmaram saber exatamente o valor dos gastos mensais. A maioria (52%) diz ter uma boa ideia, mas não sabe o número exato.
Da mesma forma, 28% das pessoas têm uma ideia de quanto ganha por mês, e 59% conhecem o valor exato de sua renda, ainda que, em 46% dos casos, o montante seja variável. A população que pertence à classe A e a parcela com idade a partir de 61 anos se destacam em termos de conhecimento preciso da renda, com níveis próximos de 80% do total em cada caso, e também no valor exato gasto por mês.

Dificuldade de poupar e aposentadoria

Mesmo com uma maior consciência sobre planejamento financeiro, a verdade é que uma grande parcela da população ainda não consegue poupar. Entre os brasileiros consultados pelo Datafolha, 43% não têm dinheiro guardado para emergências. Desse grupo, 62% são mulheres, 78% são da classe C, 43% do Sudeste e têm idade média de 40 anos e renda familiar de cerca de R$ 4 mil.
Ao perguntar sobre fonte de renda na aposentadoria, a pesquisa identificou que existe um distanciamento entre expectativa e realidade. Isso porque 82% dos que estão aposentados se sustentam pela previdência do governo e apenas 64% dos que ainda irão se aposentar imaginam que essa será sua fonte de sustento futura.
Enquanto uma parcela significativa dos que estão na ativa projeta que a renda da aposentadoria virá de outras fontes, como reserva própria (31%), previdência privada (22%) ou aluguel/venda de imóveis (16%), uma fatia muito menor dos aposentados se mantém a partir desse tipo de recurso, como previdência privada (17%) ou reserva própria (13%).
E entre os mais jovens a perspectiva de que o sustento virá do INSS no futuro é menos frequente, sendo que 46% dos entrevistados entre 18 e 24 anos acreditam que a aposentadoria do governo não será sua fonte de renda na aposentadoria. Entre os entrevistados acima de 61 anos somente 21% dos que ainda não se aposentaram deram a mesma resposta.

Metodologia

Para a pesquisa “O planejamento financeiro do brasileiro: da consciência à prática” o Datafolha entrevistou 2 mil pessoas, com 18 anos ou mais, das classes A, B e C e com acesso à internet entre os dias 16 e 29 de julho deste ano. A amostra compreende o perfil mais propenso a investir em planejamento financeiro no país hoje.
A margem de erro máxima do levantamento é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%. O estudo utiliza metodologia quantitativa, por meio de entrevistas de autopreenchimento on-line, realizadas em painel de internautas.

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