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São Paulo, 01/11/2025 - A chegada do mês de novembro é um período comemorado por lojistas e consumidores. Por lojistas, porque eles aproveitam a Black Friday - que este ano será dia 28 de novembro - para fazer promoções e antecipar as vendas de final de ano. Já os consumidores, vão às compras em busca de oportunidades e melhores preços.
Mas assim como a data é uma grande oportunidade para lojistas e consumidores, ela também é motivo de reclamações e fraudes. Para se ter ideia, no ano passado o Procon-SP, registrou no canal Digital 2.133 casos; contra 1.557 de 2023, o que representou uma alta de 36,9%. Já o total de atendimentos (entre reclamações, consultas e orientações), chegou a 2.627 (2024); contra 2.123 (2023), avanço de 23,7% de um ano para outro.
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A maior parte das reclamações (814) foram sobre atrasos nas entregas das mercadorias compradas, seguida de produtos ou serviços diferentes do que foi adquirido, cancelamento de compras após o fechamento da venda; maquiagem de preço e indisponibilidade do item anunciado.
Pesquisa realizada pela Serasa, em parceria com o Instituto Opinion Box, mostra que 42% dos consumidores pretendem ir às compras na Black Friday. O levantamento mostrou também que 72% dos brasileiros afirmaram que estão se planejamento financeiramente. Além disso, 23% dos consumidores informaram que em outros anos ultrapassaram o limite do cartão de crédito, e 12% se endividaram.
A pesquisa, realizada com 1.200 consumidores em todo o país entre 30 de setembro e 6 de outubro, mostrou ainda que 41% afirmam que o preço será determinante para a compra.
A data nasceu nos Estados Unidos, logo após o Dia de Ação de Graças (Thanksgiving), sempre na última sexta-feira do mês de novembro, como uma estratégia para impulsionar as vendas antes do Natal.
No Brasil, ela chegou em 2010 e com o passar dos anos, entrou para o calendário oficial do comércio, que se prepara, não só para a última sexta-feira do mês, como para promoções antes e até depois dessa data, as chamadas Blackweek.
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Para evitar cair em golpes, o Procon-SP dá algumas dicas:
- Monitore com antecedência o preço do produto ou serviço que deseja comprar a fim de conferir se o desconto oferecido realmente representa uma economia significativa;
- Não se deixe influenciar pelas promoções e descontos. Compras por impulso podem resultar em gastos desnecessários e comprometer o orçamento;
- Confira se o preço do produto está realmente reduzido e não confie apenas no percentual de desconto anunciado;
- Desconfie de ofertas muito vantajosas, com preços muito abaixo do mercado, especialmente por telefone ou internet (sites, redes sociais, e-mail, SMS, aplicativos de mensagens) e de produtos de informática (celular, notebook, tablet). Pode ser um sinal de golpe;
- Verifique sempre as condições de frete e o prazo de entrega antes de finalizar a compra;
- Fique atento a promoções que incentivam a aquisição de quantidades maiores de um mesmo produto, ou de produtos diferentes, para obter brindes adicionais ou descontos progressivos. Evite compras além do necessário;
- Atenção com descontos oferecidos por tempo limitado em produtos selecionados (ofertas relâmpagos), estratégia que visa criar um senso de urgência e incentivar compras por impulso;
- Nas compras em redes sociais, mesmo de um fornecedor conhecido, é preciso conferir se o perfil é autêntico;
- Confira sempre o resumo do pedido na compra online ou no caixa do estabelecimento comercial para ter certeza que o desconto foi lançado no preço final.
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O Procon-SP também disponibiliza aqui o Guia de Comércio Eletrônico que ajuda a esclarecer várias dúvidas sobre direitos e deveres de consumidor e lojistas que operam de forma virtual.
“O consumidor deve estar atento não só aos preços, mas também as características e qualidades do produto ou serviço que ele pretende comprar, buscando saber se o item atende às expectativas antes de efetivar a compra”, orienta a assessora do Procon-SP Nilciane Zalpa.
“Outro ponto importante, independente da compra ser em uma loja física ou em um site, é buscar os canais oficiais deste fornecedor, evitando clicar em links enviados por WhatsApp, e-mails ou mensagens. Também é interessante buscar indicações de amigos e conhecidos que já fizeram compras no estabelecimento”.
Em caso de problemas, o consumidor pode fazer uma reclamação na plataforma do Procon-SP, www.procon.sp.gov.br, que terá um canal específico para acatar essas demandas e possibilitar o tratamento dos casos de forma mais ágil.
Segundo previsão da ABComm Forecast, as expectativas de vendas no comércio eletrônico este ano são animadoras: o faturamento total deve superar R$ 13 bilhões, acima dos R$ 9,38 bilhões verificados em 2024.
Para auxiliar o lojista que quer aproveitar o momento para engordar o caixa, ou sair do vermelho, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), elenca alguns fatores decisivos para uma compra não planejada. São eles:
- Frete grátis (47%);
- Descontos acima de 50% (22%);
- Entrega rápida (20%);
- Pagamento facilitado (20%).
Por outro lado, problemas como reclamações de outros clientes (40%), falta de segurança (24%), e atrasos ou falta de informações (19%) são motivos para abandono do carrinho.
É muito comum em datas estratégicas os lojistas ofertarem descontos para atrair clientes e antecipar compras. E nesta Black Friday não será diferente. O Magazine Luiza já informou que vai disponibilizar R$ 150 milhões em ações que incluem cupons de descontos, redução de preço e subsídio de frete. A expectativa é de que vendas dobrem em relação a um mês sem datas comemorativas.
O Mercado Livre anunciou R$ 100 milhões em cupons de desconto, o que representa uma expansão de 150% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa também realizou uma pesquisa entre os dias 14 e 20 de outubro, que mostrou que os itens mais desejados são: Eletrodoméstico, Eletrônicos, Casa & Decoração, Moda e Beleza. Além disso, 47% dos brasileiros pesquisados planeja aproveitar os descontos e antecipar as compras de final de ano.
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