Reprodução/TV Brasil
Publicado em 25/11/2025, às 17h51
Brasília, 25/11/2025 - O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar uma tentativa de golpe de Estado, cumprirá a pena na sala de Estado Maior da Superintendência Regional da Polícia Federal (PF), no Distrito Federal, onde se encontra custodiado desde sábado, 22, por tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.
Reservada para o ex-chefe de Estado, o quarto tem 12 m² e possui uma cama de solteiro, um aparelho de ar-condicionado e frigobar, além de banheiro privativo. Nesta terça-feira, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a prisão definitiva de Bolsonaro e outros seis condenados pela trama golpista.
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Bolsonaro, assim como os demais condenados, deverão ser submetidos a exames médicos oficiais para o início da execução da pena. No caso específico do ex-presidente, Moraes determinou a continuidade da disponibilização de assistência médica em tempo integral, em regime de plantão.
A audiência de custódia de Bolsonaro foi marcada para amanhã, 26, às 14h30, na Superintendência-Geral da PF, onde já cumpre prisão preventiva. A audiência de Braga Netto será também amanhã, na 1ª Divisão do Exército, no Rio de Janeiro, às 15h30.
A sala da Superintendência Regional da PF, onde Bolsonaro está retido desde sábado, 22, e agora cumprirá a pena, possui 12 m², paredes brancas, uma televisão, um frigobar, um aparelho de ar-condicionado, um banheiro privativo, armários e mesa de estudos, além de uma pequena janela.
A rotina do ex-presidente, que completou 70 anos em março deste ano, inclui saídas diárias para banho de Sol, sem contato com outros presos. O quarto era originalmente reservado para custodiados pela PF.
Segundo o STF, Bolsonaro usou a estrutura do Estado brasileiro para implementar um projeto autoritário de poder. A atuação do grupo, composto pelo ex-presidente e outros integrantes de alto escalão do governo federal e das Forças Armadas, culminou nos ataques do 8 de janeiro de 2023, em que manifestantes invadiram e violaram o Palácio do Planalto.
A empreitada criminosa teve como objetivo manter Jair Bolsonaro no poder, mesmo após as derrotas nas eleições presidenciais de 2022. Ele é apontado pelo relator, Alexandre de Moraes, como o líder da organização criminosa armada, unindo-se a pessoas de confiança para planejar ações golpistas e promover a ruptura com as instituições democráticas.
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