Brasília, 14/07/2025 - O vice-presidente Geraldo Alckmin negou que o governo brasileiro trabalhe, no momento, com um pedido de extensão do prazo para a negociação com os Estados Unidos e com a ideia de redução da tarifa sobre produtos brasileiros de 50% para 30%. Questionado sobre o assunto nesta segunda-feira, 14, em entrevista coletiva, Alckmin disse que os rumores sobre o assunto "não têm procedência".
"O governo não pediu nenhuma prorrogação de prazo e não fez nenhuma proposta sobre alíquota, o porcentual. O que estamos fazendo é ouvir os setores mais envolvidos para que o setor privado também participe e se mobilize com seus congêneres e parceiros nos Estados Unidos", disse o vice-presidente, que é quem está à frente do comitê interministerial que discute o assunto de forma pormenorizada.
O vice-presidente afirmou, ainda, que "todo o empenho está em rever essa questão, primeiro porque ela é totalmente inadequada". "O Brasil não tem superávit com os EUA. Pelo contrário. Dos dez produtos que eles mais exportam (para o Brasil), a tarifa para oito é zero. Vamos trabalhar junto com a iniciativa privada", disse.
Alckmin, defendeu medidas de desburocratização adotadas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Citou a licença flex e o portal único para a exportação e importação, além da isenção de taxa de
verificação de taxímetros mirando agradar taxistas.
"Estamos no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) fazendo um trabalho de desburocratização, simplificação e redução de custos. Fizemos a licença flex para a exportação e importação. Tinha que ter uma licença por operação", afirmou.
Ao citar as medidas, Alckmin disse que elas têm um potencial de reduzir o Custo Brasil em R$ 40 bilhões por ano. "Uma carga parada no porto ou no aeroporto por um dia custa 0,8% do valor da carga", disse.
O vice-presidente destacou também que, no caso de exportação de frango para o Reino Unido e a União Europeia, era obrigatório ter certificado de origem. "Esse certificado era de papel, R$ 166 por dia. Acabou, não paga mais nada e é digital", completou.