São Paulo, 11/09/2025 - O quinto dia do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus acusados de integrar o núcleo central da trama golpista será retomado nesta quinta-feira, 11, a partir das 14 horas, na primeira turma do Supremo Tribunal Federal (STF), com a leitura do voto da ministra Carmen Lúcia.
O voto da ministra é aguardado com muita expectativa, porque são necessários três votos entre os cinco ministros para condenar o ex-presidente por tentativa de golpe. Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e o ex-ministro da Casa Civil Braga Netto pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto da ministra poderá ser decisivo para o placar em relação aos outros réus.
Ontem, depois de levar mais de onze horas para votar, o ministro
Luiz Fux votou pela absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o magistrado, não há provas para condenar Bolsonaro por nenhum dos crimes atribuídos a ele na denúncia: golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de direito, organização criminosa, dano qualificado e dano ao patrimônio tombado.
Fux votou também pela absolvição de outros cinco réus e pela condenação do delator da trama golpista, o tenente-coronel Mauro Cid e o general Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro no pleito de 2022, pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Com isso, o placar pela condenação em todos os crimes de Bolsonaro e mais cinco réus está em 2 votos a 1. E pela condenação de Mauro Cid e Braga Neto em 3 a 0.
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Na terça-feira, 09, terceiro dia de julgamento na Primeira Turma do STF, o relator Alexandre de Moraes votou pela condenação de Bolsonaro e dos demais réus, sendo acompanhado pelo ministro Flávio Dino - confirmando posições que já eram esperadas e deixando Bolsonaro a um voto da condenação, o que pode acontecer nesta quinta-feira, com o voto da ministra Cármen Lúcia.
Depois do voto de Cármen Lúcia, o último a votar será o presidente da 1ª turma, o ministro Cristiano Zanin. A previsão é que o julgamento seja encerrado amanhã, sexta-feira, 12.
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