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Lula diz que não pintou química, mas indústria petroquímica com Trump

RS/Fotos Publicas | Ricardo Stuckert/PR

Presidente fez  o comentário durante cerimônia de comemoração do dia dos professores, no Rio de Janeiro - RS/Fotos Publicas | Ricardo Stuckert/PR
Presidente fez o comentário durante cerimônia de comemoração do dia dos professores, no Rio de Janeiro

Por Gabriel Hirabahasi, da Broadcast

redacao@viva.com.br
Publicado em 15/10/2025, às 13h49 - Atualizado às 13h58
Brasília, 15/10/2025 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva brincou sobre a conversa que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que “não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”. A brincadeira tirou risos das pessoas que acompanhavam o discurso do presidente durante cerimônia de comemoração do dia dos professores, no Rio de Janeiro.
“Quando fui falar com o (Donald) Trump, não conhecia ele, a gente estava de mal. Tinha gerado uma química na ONU, 29 segundos, sabe. Então ele me ligou e eu disse que queria estabelecer uma conversa sem liturgia”, contou o presidente.
“Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica. Amanhã ainda vamos ter uma conversa de negociação”.
Leia também: Lula e Trump concordam em se encontrar pessoalmente e dialogar sobre tarifas
Lula não deu detalhes sobre essa conversa e com quem seria, mas a referência deve ser à reunião que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na quinta-feira. Como mostrou a Broadcast, as equipes técnicas dos dois países já se reúnem nesta quarta-feira, em uma conversa preliminar que será o primeiro filtro das negociações em torno do tarifaço dos Estados Unidos para o Brasil.
A grande questão do momento é saber que pontos os EUA colocarão sobre a mesa: se apenas itens econômicos, ligados à taxação determinada pelo presidente Donald Trump e de futuras trocas de bens e serviços entre os dois países, ou também assuntos ligados a sanções a autoridades domésticas.
O presidente brasileiro também criticou, sem citar nominalmente, o deputado Eduardo Bolsonaro. “Chega de cidadãos indo para os EUA tentar inflar os americanos contra nós”, afirmou.

Ninguém quer ser pobre

Lula defendeu investimentos em educação e disse que seu objetivo é fazer com que jovens de famílias de baixa renda tenham as mesmas oportunidades de ensino e de emprego que jovens de famílias ricas. Afirmou que ninguém quer ser pobre e que a culpa é do que chamou de “sistema econômico e político”.
“Ninguém quer ser pobre. Não conheço ninguém que quer ser pobre, passar fome, ser analfabeto. Ninguém faz isso. Quem causa essa situação é o sistema econômico e político que não foi criado por nós e que a gente é vítima deles há séculos”, declarou o presidente.
Lula participou de cerimônia no Rio de Janeiro em comemoração ao dia do professor. O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), estiveram presentes no evento. O segundo chegou a dizer que Lula é “sem dúvida o presidente que mais fez pela educação”.
O presidente repetiu algo que tem dito com frequência em seus discursos, de que as universidades só foram criadas no Brasil no século 20, enquanto em outros países da América Latina essas instituições de educação surgiram séculos antes. Segundo ele, “sempre houve no Brasil uma política determinada de que o povo não precisa estudar, precisava trabalhar”.
Lula também voltou a nós ainda vamos anunciar neste ano uma universidade federal indígena e uma universidade do esporte, para que a gente possa fazer com que esse País seja soberano na terra, no ar, no mar e na sua educação”.
O presidente disse que a criação do Pé-de-Meia, programa de incentivo para que adolescentes permaneçam na escola durante o ensino médio, foi uma “decisão política”. Citou o que chamou de “pressão daqueles que acham que o dinheiro (do governo) tem que ficar guardado para pagar juros”.
Segundo ele, “ou tomamos decisão política para fazer as coisas acontecerem corretamente ou não vamos melhorar o mundo”.
Lula disse, ainda, que tem “brigado” com o ministro da Educação, Camilo Santana, para que seja incluído no currículo escolar o tema das mudanças climáticas a nível mundial”.

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