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A semana da doença negligenciada pode virar lei em São Paulo

Divulgação / Alesp

A criação da Semana de Conscientização das Doenças Negligencias será apreciada pelo plenário da Assembleia Legislativa de SP - Divulgação / Alesp
A criação da Semana de Conscientização das Doenças Negligencias será apreciada pelo plenário da Assembleia Legislativa de SP
Marcel Naves
Por Marcel Naves marcel.naves@viva.com.br

Publicado em 17/11/2025, às 18h20

São Paulo, 17/11/2025 - A Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Assembleia Legislativa de São Paulo deu parecer favorável ao PL 1.407/2023.  De acordo com o texto, o governo do Estado de São Paulo terá de promover ações de conscientização sobre o que são doenças negligenciadas, porque recebem essa classificação, além de divulgar medidas de prevenção e tratamentos disponíveis na rede pública.
A intenção é que a campanha ocorra na semana do dia 30 de janeiro de cada ano, quando é celebrado o Dia Mundial das Doenças Tropicais Negligenciadas. A criação da Semana de Conscientização sobre Doenças Negligenciadas em São Paulo foi proposta pela deputada estadual Ana Perugini (PT). 
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“As estatísticas mostram que os diagnósticos aumentam na medida em que as pessoas têm informação, por meio de campanhas e programas, sobre o que são essas doenças. Daí a importância de desenvolvermos ações federais e estaduais de conscientização que atinjam os municípios", afirmou Perugini.

Doenças Negligenciadas

As doenças negligenciadas são aquelas causadas por agentes infecciosos ou parasitas e são consideradas endêmicas em populações de baixa renda. Essas enfermidades também apresentam indicadores inaceitáveis e investimentos reduzidos em pesquisas, produção de medicamentos e em seu controle.
As Doenças Tropicais Negligenciadas - DTNs tais como a malária,  doença de Chagas, doença do sono (tripanossomíase humana africana, THA), leishmaniose visceral (LV), filariose linfática, dengue e a esquistossomose continuam sendo algumas das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo.

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As doenças negligenciadas no Brasil.

De acordo como o Ministério Público, entre  2010 e 2023, 20 milhões de pessoas da população de até  14 anos foram acometidas pelas DTNs no Brasil. É o que aponta o Boletim Epidemiológico do impacto das DTNs na morbimortalidade das crianças no Brasil, publicado no começo do ano.
O governo federal tem tomado várias medidas para o enfrentamento. O SUS oferece tratamento gratuito para as principais, incluindo hanseníase, doença de Chagas, leishmaniose e esquistossomose, garantindo o acesso da população aos medicamentos. 

A OMS  e as DTNs

A Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou 21 doenças diferentes como DTNs. O que essas doenças têm em comum é que foram amplamente ignoradas pela indústria farmacêutica tradicional. Simplificando, as empresas farmacêuticas têm pouco incentivo comercial para desenvolver medicamentos para pessoas que não podem pagá-los. 

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