Automedicação envolve riscos; saiba quais antes de tomar remédios por conta própria

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A prática pode mascarar doenças mais sérias e deve ser evitada - Foto: Envato Elements
A prática pode mascarar doenças mais sérias e deve ser evitada

Por Beatriz Duranzi

redacao@viva.com.br
Publicado em 26/08/2025, às 08h13 - Atualizado às 08h14

São Paulo, 26/08/2025 - Tomar um comprimido para aliviar a dor de cabeça, usar um antibiótico que sobrou da última receita ou até misturar medicamentos sem orientação médica pode parecer inofensivo para muitos.

No entanto, especialistas da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde alertam que a automedicação é um hábito perigoso, capaz de causar sérios riscos à saúde.

O que é automedicação?

Automedicar-se significa consumir medicamentos sem prescrição ou acompanhamento de um profissional de saúde. 

Embora seja vista por muita gente como uma solução rápida para aliviar sintomas, a prática pode mascarar doenças mais sérias, dificultar o diagnóstico e, em alguns casos, agravar o quadro clínico.

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Principais riscos

Ainda de acordo com a Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde, o uso inadequado de medicamentos pode provocar desde reações adversas leves até complicações fatais. Entre os riscos mais comuns estão:

  • Agravo da doença: ao aliviar temporariamente os sintomas, o remédio pode esconder o problema real, atrasando o diagnóstico.
  • Resistência a antibióticos: o consumo indiscriminado favorece a adaptação de microrganismos, tornando futuros tratamentos menos eficazes.
  • Interações perigosas: combinar medicamentos sem supervisão pode anular ou potencializar os efeitos, aumentando as chances de intoxicação.
  • Efeitos colaterais graves: reações alérgicas, dependência química, intoxicações e até risco de morte em casos extremos.

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Por que a automedicação é tão comum?

Diversos fatores ajudam a explicar a popularização do hábito:

  • Acesso facilitado: farmácias que vendem uma infinidade de produtos sem exigir receita.
  • Cultura e praticidade: a ideia de que o medicamento é uma solução rápida para qualquer incômodo.
  • Excesso de informação: sites, blogs e redes sociais disseminam conteúdos médicos sem o devido contexto, incentivando decisões por conta própria.
  • Oferta da indústria farmacêutica: variedade enorme de opções, muitas vezes divulgadas com forte apelo publicitário.

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Como evitar os riscos?

A recomendação dos especialistas é clara: não se automedique. O ideal é sempre buscar orientação de um médico ou farmacêutico antes de iniciar qualquer tratamento. Além disso:

  • Não reutilize receitas antigas.
  • Nunca interrompa ou prolongue o uso de um medicamento sem orientação.
  • Evite indicar ou emprestar remédios para familiares e amigos.
  • Leia sempre a bula, mas não substitua a consulta médica por ela.

A automedicação pode parecer um atalho para o alívio rápido, mas representa um grande risco para a saúde pública e individual. 

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Mais do que uma prática perigosa, ela pode comprometer a eficácia de tratamentos, gerar dependência e até levar a consequências irreversíveis.

O recado é simples: quando sentir algum sintoma, procure atendimento médico e não pratique a automedicação. Só assim será possível garantir um diagnóstico correto e o tratamento adequado para cada caso.

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