Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 20/08/2025 - A atriz Fernanda Rodrigues revelou em suas redes sociais que está enfrentando novamente o carcinoma basocelular, o tipo mais frequente de câncer de pele.
Um ano após ter passado pela primeira cirurgia para retirar a lesão, a doença voltou a se manifestar e exigirá um novo procedimento.
“Eu conheço pessoas que já operaram cinco, seis vezes. Preciso me cuidar e cada vez mais me proteger. Esses resquícios da vida do sol eu vou ter que lidar com eles”, disse a atriz em vídeo publicado no Instagram.
Ver essa foto no Instagram
O relato de Fernanda chamou atenção para um problema de saúde pública que cresce em todo o mundo e reforça a importância da prevenção e do diagnóstico precoce.
Leia também: Fernanda Rodrigues diz que câncer de pele voltou e faz alerta para seguidores
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o carcinoma basocelular representa cerca de 80% dos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil.
Globalmente, também ocupa a liderança entre os tumores mais frequentes, com milhões de novos diagnósticos a cada ano.
Ele surge nas células basais da pele, localizadas na camada mais profunda da epiderme, e se desenvolve de forma lenta.
Apesar de raramente provocar metástases, pode causar deformidades importantes quando não tratado, principalmente em áreas como nariz, orelhas e olhos.
Leia também: Câncer de pele: veja os sintomas mais comuns e como se prevenir
O carcinoma basocelular aparece, em geral, em regiões mais expostas ao sol. Os principais sintomas incluem:
A exposição solar sem proteção ao longo da vida é o principal fator associado ao desenvolvimento da doença. Pessoas de pele clara, olhos claros, histórico de queimaduras solares ou que já utilizaram câmaras de bronzeamento artificial apresentam risco ainda maior.
A idade também influencia: a maior parte dos diagnósticos ocorre após os 40 anos, mas jovens muito expostos ao sol também podem ser afetados. Homens são ligeiramente mais propensos que mulheres.
Leia também: Casos de câncer de pele crescem entre idosos: entenda os riscos e como se prevenir
O diagnóstico é feito por dermatologistas, com apoio do dermatoscópio, equipamento que amplia a visualização da lesão. Em alguns casos, é necessária uma biópsia para confirmar o tipo de tumor.
A cirurgia é o tratamento mais indicado e apresenta taxas de cura superiores a 90%. O procedimento é geralmente rápido e feito com anestesia local. Outras opções terapêuticas incluem:
Embora o carcinoma basocelular possa ser tratado com alto índice de sucesso, a prevenção continua sendo a principal forma de combate. Médicos recomendam:
Pacientes que já tiveram a doença, como Fernanda Rodrigues, devem manter acompanhamento dermatológico regular, já que o risco de novas lesões é maior.
Avanços recentes vêm tornando o diagnóstico mais preciso e os tratamentos mais personalizados. Além das terapias-alvo já disponíveis, estudos em imunoterapia e genética prometem abrir novos caminhos para casos resistentes ou de difícil controle.
O exemplo de Fernanda Rodrigues reforça que o cuidado com a pele deve ser constante e que a informação é uma grande aliada na prevenção do câncer mais comum do mundo.
Política de comentários
Este espaço visa ampliar o debate sobre o assunto abordado na notícia, democrática e respeitosamente. Não são aceitos comentários anônimos nem que firam leis e princípios éticos e morais ou que promovam atividades ilícitas ou criminosas. Assim, comentários caluniosos, difamatórios, preconceituosos, ofensivos, agressivos, que usam palavras de baixo calão, incitam a violência, exprimam discurso de ódio ou contenham links são sumariamente deletados.