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Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 14/08/2025 - Um estudo global acende o alerta sobre o aumento expressivo dos casos de câncer de pele entre pessoas idosas nas últimas três décadas. Uma pesquisa publicada no JAMA Dermatology, analisou dados de 1990 a 2021 e revelou que os números vêm crescendo de forma preocupante, especialmente entre os homens e em países com alto nível socioeconômico.
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De acordo com o levantamento, a incidência do carcinoma basocelular aumentou 61,3% no período analisado, enquanto o carcinoma espinocelular registrou uma elevação de 42,5%.
Esses dois tipos de câncer de pele, que não são melanomas, têm forte relação com a exposição solar acumulada ao longo da vida.
Regiões como Austrália, Nova Zelândia e América do Norte concentram as maiores taxas, e um dos fatores apontados é a combinação entre pele clara e alta exposição ao sol.
Além disso, hábitos como a baixa adesão ao uso de protetor solar entre os homens também ajudam a explicar a diferença nos índices entre os sexos.
Outro ponto que contribui para o aumento dos diagnósticos é o fato de que, com o envelhecimento da população, mais idosos estão sendo avaliados por dermatologistas com maior frequência.
A maior atenção médica e os avanços nos exames têm permitido a detecção precoce desses tumores, o que ajuda a explicar parte do crescimento nos números.
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Além da exposição solar excessiva, fatores genéticos também estão entre as principais causas dos carcinomas cutâneos. O histórico familiar e a cor da pele são elementos que devem ser considerados na hora de avaliar o risco individual.
Mesmo que os dados apontem para um crescimento entre os idosos, os cuidados com a pele devem começar cedo. Isso porque, segundo especialistas, os primeiros 20 anos de vida concentram a maior carga de exposição solar, principalmente por conta das atividades ao ar livre na infância e adolescência.
Proteger a pele desde cedo, com medidas como uso de filtro solar, roupas adequadas, chapéus e evitar a exposição nos horários de pico do sol, é fundamental para reduzir o risco de desenvolver câncer de pele no futuro.
No Brasil, o câncer de pele não melanoma é o tipo mais frequente entre todos os tumores malignos, representando cerca de 30% dos casos, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
A boa notícia é que, quando diagnosticado no início, as chances de cura são altas, o que reforça a importância da prevenção e do acompanhamento médico regular.
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