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Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 20/08/2025 - ELA chega com mais frequência para os 50+ e vai degenerando algumas funções. É uma doença neurodegenerativa rara e progressiva que afeta o sistema nervoso, levando à paralisia motora irreversível. Segundo dados do Ministério da Saúde, a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) acomete mais pessoas entre 55 e 75 anos e possui uma incidência média de 1 a cada 50 mil indivíduos por ano nos países ocidentais.
Também conhecida como doença de Lou Gehrig, ELAcompromete gradualmente os neurônios motores superiores e inferiores, responsáveis pelo controle voluntário dos músculos.
Entre os sintomas mais comuns estão a:
Com o tempo, a doença afeta funções vitais, como engolir e respirar, resultando em perda de autonomia e, em muitos casos, morte precoce.
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece assistência integral e medicamentos gratuitos aos portadores da doença, seguindo protocolos baseados em evidências científicas.
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Embora as causas ainda não sejam totalmente conhecidas, cerca de 10% dos casos estão relacionados a fatores genéticos.
Outras possíveis contribuições incluem desequilíbrios químicos no cérebro, mutações genéticas e doenças autoimunes.
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Um estudo recente realizado por especialistas da Itália e dos Estados Unidos trouxe novos caminhos para o diagnóstico precoce de ELA. Publicado pelo Brain Chemistry Labs, o estudo utilizou Inteligência Artificial e tecnologias proteômicas avançadas para identificar biomarcadores no sangue que podem indicar a doença antes mesmo do surgimento dos sintomas.
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O estudo utilizou a tecnologia Explore 3072, capaz de medir com precisão mais de três mil proteínas no plasma sanguíneo, combinada a um algoritmo de inteligência artificial que conseguiu identificar pacientes com ELA com 98,3% de precisão.
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Os pesquisadores observaram alterações proteicas mesmo antes do início dos sintomas clínicos, indicando que a doença possui uma fase silenciosa prolongada.
Esse avanço sugere que, no futuro, será possível intervir mais cedo, aumentando as chances de retardar a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Atualmente, não existe cura para a ELA, e os tratamentos disponíveis são paliativos, focados em aliviar sintomas e prolongar a funcionalidade do paciente.
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