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 Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 30/10/2025 - Um novo estudo indicou que alcançar pelo menos 4 mil passos por dia, mesmo que apenas em um ou dois dias da semana, já está associado a uma redução significativa no risco de morte e de doenças cardiovasculares em mulheres idosas.
A pesquisa publicada na British Journal of Sports Medicine (BMJ), acompanhou 13.547 participantes com média de idade de 71 anos ao longo de mais de uma década.
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Durante o período de acompanhamento, que durou cerca de 10 anos, 1.765 mulheres morreram e 781 desenvolveram doenças cardiovasculares.
As análises mostraram que aquelas que atingiram o mínimo de 4 mil passos em um ou dois dias por semana apresentaram 26% menos risco de morte por todas as causas e 27% menos risco de doenças cardíacas, em comparação com as que não alcançaram essa meta em nenhum dia.
Quando o mesmo número de passos foi atingido em três dias ou mais, a redução no risco de morte chegou a 40%.
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Segundo os pesquisadores, o volume total de passos ao longo da semana parece ter um papel mais importante do que a distribuição desses passos pelos dias.
Ou seja, a soma final de atividade conta mais do que o número de dias em que a pessoa caminha. Essa conclusão foi obtida após ajustes estatísticos que mostraram que, quando o total de passos diários era considerado, as diferenças entre grupos desapareciam.
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Os resultados reforçam a importância da atividade física regular na longevidade e na saúde cardiovascular.
 
 
Segundo o Medscape, antes da era industrial, era comum que adultos dessem entre 15 mil e 20 mil passos por dia. Hoje, com o avanço da tecnologia e o aumento do sedentarismo, a média caiu para cerca de 5 mil passos diários, especialmente entre pessoas mais velhas.
Essa mudança de comportamento está diretamente ligada à maior vulnerabilidade a doenças crônicas e ao envelhecimento precoce.
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Além disso, o uso crescente de dispositivos vestíveis e aplicativos de monitoramento ajudam a tornar mais tangíveis as metas de passos diárias, algo que antes não era contemplado nas diretrizes de saúde por falta de dados.
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