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Menopausa Summit reúne especialistas em debate sobre saúde na maturidade

Will Dias/Menopausa Summit

Endocrinologistas falaram sobre os cuidados e recomendações que envolvem a reposição hormonal na menopausa - Will Dias/Menopausa Summit
Endocrinologistas falaram sobre os cuidados e recomendações que envolvem a reposição hormonal na menopausa
Fabiana Holtz
Por Fabiana Holtz fabiana.holtz@viva.com.br

Publicado em 17/10/2025, às 11h39

São Paulo, 17/10/2025 – A questão do ganho de peso e diabetes na menopausa foi o tema do painel de abertura do Menopausa Summit, evento que acontece nesta sexta-feira na Unibes Cultural, em São Paulo. Em painel comandado pela jornalista Maria Cândida, a médica endocrinologista Dolores Pardini, comentou que atualmente a reposição hormonal é indicada para a mulher diabética, mas esse tratamento é feito de forma individualizada e considerando os sintomas e variações hormonais específicas de cada paciente.
“A reposição é muito indicada, mas lembrando sempre que é necessária uma avaliação médica detalhada para o início do tratamento”, acrescentou.
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O painel do Menopausa Summit reuniu Maria Cândida e os médicos Dolores Pardini e Luciano Giacaglia - Foto: Will Dias
Com relação ao sobrepeso que surge nessa época da vida, segundo Pardini, que é chefe do Ambulatório de Climatério e Menopausa (Unifesp) e mestre e doutora em endocrinologia e metabologia, esse acúmulo de gordura nos órgãos é normal no envelhecimento.
“Tinha-se a falsa ideia de que a mulher teria menos problemas do coração ou pressão alta. Hoje, estudos mostram que não é bem assim”, acrescenta. 

O endocrinologista Luciano Giacaglia, coordenador do Departamento de Diabetes Tipo 2 e Pré-Diabetes da Sociedade Brasileira de Diabetes, concorda que hoje esse mapeamento da saúde da mulher já avançou bastante.

“Muitos dos problemas cardiológicos e de peso da mulher acontecem nessa fase da vida por conta da queda nos níveis de estrogênio. Há o prejuízo da lubrificação de todas as mucosas”, afirma. Segundo ambos, o que se percebe é que os estudos negligenciavam a saúde da mulher.

Leia também: Menopausa: a nova conversa sobre envelhecimento, saúde e autonomia feminina

Qualidade de vida

Outro ponto que Giacaglia destaca é que há uma diminuição natural da massa magra na mulher, consequência do processo de envelhecimento.

Por isso, é importante entrar na menopausa com um bom índice de massa magra. O ideal é começar a cuidar o quanto antes, mantendo uma rotina de atividades físicas e uma alimentação equilibrada”.

Com os níveis hormonais mais equilibrados é visível ganhos como a melhora do sono e combate a osteoporose, afirma a dupla de endocrinologistas. “Todas as questões fisiológicas fundamentais são reguladas pelo estrógeno. Temos exceções, mas a mulher que não tem qualquer restrição deve fazer a reposição para que siga com uma vida com qualidade, tendo em conta que todos estamos vivendo mais”, acrescenta Giacaglia.

Na questão da regulação do apetite, o endocrinologista pondera que não se trata apenas do estrogênio. "Temos uma série de outros hormônios (dopamina, serotonina). Todos esses hormônios caem. Existe uma tendência de compulsão maior por si só".

Com relação a busca por hábitos saudáveis, Giacaglia alertou também sobre o cigarro, que é comprovadamente um antecipador da menopausa.

É preciso abordar também a questão do preconceito social. "Conheço uma especialista que fala que a menopausa é uma 'intolerância cultural'. Se os homens tivessem menopausa eles seriam melhor tratados", comentou Pardini.
Empenhada em desmitificar o tema, a jornalista Maria Cândida é autora do livro "Geração ageless Lobas" e codiretora do documentário Menopausa Sem Fronteiras.

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