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6 pilares da saúde que ajudam a proteger o cérebro ao longo da vida

Foto: Envato Elements

Condições neurológicas já são a segunda principal causa de mortes no mundo - Foto: Envato Elements
Condições neurológicas já são a segunda principal causa de mortes no mundo

Por Beatriz Duranzi

redacao@viva.com.br
Publicado em 24/09/2025, às 12h33

São Paulo, 24/09/2025 - Manter o cérebro saudável vai muito além de evitar doenças. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saúde cerebral significa que o órgão está em pleno funcionamento em diferentes áreas, cognitivas, sensoriais, socioemocionais e motoras, permitindo que cada pessoa alcance seu potencial máximo em todas as fases da vida.

O desafio é grande: condições neurológicas já são a segunda principal causa de mortes no mundo e estão associadas a milhões de casos de incapacidade. 

Estima-se que uma em cada três pessoas enfrentará algum transtorno desse tipo ao longo da vida, segundo a OMS. Apesar disso, especialistas ressaltam que adotar hábitos consistentes pode reduzir significativamente os riscos.

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O médico neurologista Mateus Boaventura, que atende no Hospital Sírio-Libanês, explica que investir em saúde cerebral não exige medidas inacessíveis, mas sim práticas do dia a dia. 

“São escolhas que, somadas, trazem impacto profundo e duradouro”, afirma. A seguir, conheça os seis pilares fundamentais apontados pela ciência para preservar o cérebro:

1. Atividade física

O exercício regular estimula a neuroplasticidade, melhora a memória e a atenção e reduz o risco de demência. A recomendação da OMS é praticar ao menos 150 minutos semanais de atividade física moderada, como caminhada, ciclismo, dança ou natação.

2. Estimulação cognitiva

Manter a mente ativa fortalece as conexões neurais e cria uma “reserva cognitiva” que protege contra o declínio. Aprender um idioma, resolver quebra-cabeças, explorar novas habilidades ou se envolver em atividades intelectuais são estratégias eficazes.

3. Alimentação saudável

Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais e peixes gordurosos ajudam a proteger o cérebro, enquanto alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e gorduras saturadas, aumentam o risco de inflamação e doenças neurodegenerativas.

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4. Conexões sociais

Relacionamentos significativos funcionam como um “exercício” para o cérebro, estimulando múltiplas áreas cognitivas. Já a solidão e o isolamento social estão entre os principais fatores de risco para o declínio cognitivo.

5. Sono de qualidade

Dormir entre 7 e 9 horas por noite permite que o cérebro faça reparos, consolide memórias e elimine toxinas. A privação crônica de sono eleva o risco de demência e outras condições neurológicas.

6. Controle dos fatores de risco

Hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade, tabagismo e consumo excessivo de álcool impactam diretamente a saúde cerebral. Além disso, cuidar da saúde mental, prevenindo estresse crônico e depressão, também é fundamental.

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Evidências científicas

O estudo conduzido por Andy Liu e colaboradores, publicado na revista Neurology, mostra que a adesão a pelo menos quatro desses pilares pode reduzir em até 90% o risco de desenvolver demência. 

Além dos benefícios individuais, a promoção da saúde cerebral traz reflexos sociais e econômicos, como menor custo com saúde pública, maior produtividade e melhor qualidade de vida.

Para Boaventura, cultivar esses hábitos deve começar cedo, mas nunca é tarde para mudar: “Cuidar da saúde cerebral é cuidar de quem seremos no futuro”.

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