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Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 09/11/2025 - Durante muito tempo, o colesterol foi visto apenas como sinônimo de perigo para o coração. Mas, segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, na verdade, ele é fundamental para o funcionamento do organismo.
Presente em todas as células, o colesterol participa da produção de hormônios, da formação das membranas celulares e até do bom desempenho de órgãos como o cérebro, o fígado e o coração.
No sangue, essa substância viaja por meio de partículas chamadas lipoproteínas, e é o tipo delas que define se o colesterol trará benefícios ou riscos à saúde.
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O colesterol se divide em frações, cada uma com um papel distinto no corpo:
O valor de colesterol total, visto nos exames de sangue, é a soma dessas frações. O problema aparece quando há desequilíbrio entre elas, especialmente quando o LDL está alto e o HDL baixo.
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O aumento do LDL, conhecido como colesterol ruim, é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, como infarto, AVC, morte súbita e obstruções nas artérias.
No entanto, ele não atua sozinho. Outros fatores, como obesidade, hipertensão, diabetes, tabagismo e histórico familiar, também elevam as chances de complicações.
Por isso, duas pessoas com o mesmo nível de colesterol podem ter riscos diferentes, dependendo do conjunto de fatores associados.
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Em 2025, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) atualizou suas diretrizes sobre colesterol, tornando as metas mais rigorosas. Os valores ideais agora variam conforme o risco cardiovascular individual:
A SBC também orienta que o colesterol não-HDL deve estar até 30 mg/dL acima das metas de LDL em cada categoria.
Em casos de baixo risco, valores de LDL acima de 115 mg/dL indicam necessidade de mudanças no estilo de vida, como alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas. Já quando os níveis ultrapassam 145 mg/dL, o uso de medicamentos pode ser necessário.
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A prevenção continua sendo o melhor remédio. Manter uma alimentação saudável, com menos gorduras saturadas e ultraprocessados, controlar o peso corporal, não fumar e praticar exercícios são atitudes que ajudam a equilibrar o colesterol e proteger o coração.
Para quem já enfrentou algum problema cardiovascular ou apresenta alto risco, o tratamento medicamentoso costuma ser essencial, e geralmente é de uso contínuo.
O acompanhamento médico é indispensável para ajustar a dosagem dos remédios e monitorar os níveis de colesterol com segurança.
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