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Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 26/11/2025 - A morte de uma empresária de 54 anos durante uma aula de spinning em Maranguape, região metropolitana de Fortaleza, voltou a chamar atenção para a gravidade e a rapidez com que o acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico pode ocorrer.
O caso aconteceu na noite de segunda-feira (24/11), enquanto Áurea Maria Rodrigues Lima participava de um exercício aeróbico de alta intensidade na academia.
O laudo pericial apontou que Áurea foi vítima de um AVC hemorrágico subaracnóideo, tipo de sangramento que atinge a região entre o cérebro e as meninges.
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Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, o AVC hemorrágico acontece quando um vaso sanguíneo cerebral se rompe e provoca sangramento dentro do cérebro ou nas estruturas que o envolvem.
A situação é mais comum em pessoas com hipertensão arterial descontrolada e também pode estar associada à angiopatia amiloide, condição que fragiliza as paredes dos vasos.
Fatores de risco como tabagismo, diabetes, obesidade, colesterol elevado e histórico familiar aumentam significativamente a probabilidade de um episódio.
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Especialistas explicam que os sintomas surgem de forma súbita e podem incluir:
A rapidez no diagnóstico é essencial, e a confirmação do sangramento é feita por tomografia ou ressonância magnética ainda nos primeiros minutos de atendimento hospitalar.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, dependendo da gravidade da hemorragia e da área atingida. Em algumas situações, é necessário retirar o sangue acumulado ou instalar um cateter para monitorar a pressão intracraniana.
Além disso, o controle rigoroso da pressão arterial e o manejo de complicações, como infecções e crises convulsivas, fazem parte da abordagem.
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A reabilitação é uma etapa decisiva e envolve uma equipe multidisciplinar para auxiliar o paciente a recuperar funções afetadas.
A prevenção continua sendo o caminho mais seguro. Profissionais de saúde recomendam ao menos 150 minutos semanais de atividade física moderada, alimentação rica em frutas, verduras, grãos integrais e peixes, além de controle do peso e acompanhamento médico regular.
Reduzir o consumo de gorduras saturadas e trans, limitar o sódio e evitar tabaco e álcool também contribuem para diminuir o risco.
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O caso de Maranguape reforça a importância de conhecer os sinais do AVC hemorrágico e de manter hábitos que protejam o sistema cardiovascular.
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