São Paulo, 13/10/2025 - Reconhecer um acidente vascular cerebral (AVC) e saber como agir é tão importante no tratamento dessa condição quanto acessar tratamentos de ponta. Segundo a médica Maramelia Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de AVC, a janela de atendimento ideal para conter um AVC é de 4 horas e meia a partir do início dos sintomas.
Na prática, isso significa identificar os sintomas iniciais e saber para quem pedir ajuda com rapidez. Veja a seguir como proceder em dois passos principais:
Passo 1: Reconhecer os sintomas
Uma técnica simples indicada por especialistas para reconhecer um AVC é chamada de "SAMU", e consiste em quatro etapas, que ajudam a avaliar os sintomas:
- Sorrir - Peça para a pessoa com suspeita de AVC sorrir. Se ela apresentar falha no movimento ou um lado dos lábios aparentemente torto, é um sintoma.
- Abraço - Peça para a pessoa dar um abraço. Se ela não tiver forças em um dos braços, é outro sintoma. Esse, aliás, o sintoma mais comum, segundo os médicos.
- Música - Peça para a pessoa cantar uma música que ela gosta e veja se ela consegue completar a letra de forma natural. A alteração na fala também é sintoma comuns de AVC.
- Urgência - Se você identificar um ou mais sintomas, ligue para o serviço de saúde de emergência.
Passo 2: Procurar ajuda
Onde buscar ajuda vai depender do local no qual você está. Via de regra, o primeiro telefone de referência é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), através do número 193.
O serviço, porém, não está disponível em todas as cidades do Brasil, por isso o ideal é ter sempre à mão outros telefones de emergência da cidade onde você mora, como o número da unidade de pronto atendimento ou do hospital mais próximos.
E, embora a tendência geral seja pensar nesses contatos apenas em momentos de emergência, os especialistas em saúde indicam ter todos anotados em um lugar visível ou de fácil acesso, além de ensinar crianças como acioná-los caso precisem ajudar um adulto em momento de urgência.
Fatores de risco para AVC
Qualquer pessoa pode ter um AVC, incluindo crianças desde o nascimento ou pessoas aparentemente saudáveis. Ainda assim, existem fatores de risco que vêm sendo observados pela ciência e pelos médicos e são capazes de aumentar essa probabilidade. Conheça os principais a seguir: