Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 20/10/2025 - Um novo levantamento internacional mostrou que os grandes causadores por trás de ataques cardíacos, Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) e insuficiência cardíaca já existiam nos pacientes. São eles: pressão alta, colesterol elevado, glicose alterada e tabagismo.
A pesquisa, conduzida por especialistas da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, e da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, e publicada no Journal of the American College of Cardiology (JACC), concluiu que mais de 99% das pessoas que enfrentaram algum desses problemas de saúde apresentavam pelo menos um desses fatores em níveis fora do ideal.
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A análise envolveu uma das maiores bases de dados já utilizadas em estudos do tipo. Foram avaliados registros de mais de 9,3 milhões de adultos sul-coreanos com 20 anos ou mais, além de 6.800 norte-americanos entre 45 e 84 anos, acompanhados ao longo de cerca de vinte anos.
O objetivo era entender se existiam sinais prévios nos históricos clínicos desses pacientes que pudessem indicar maior vulnerabilidade a eventos cardiovasculares graves.
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Os resultados publicados reforçam que os principais riscos não aparecem de forma repentina. De acordo com os pesquisadores, os problemas que levam a um infarto ou a um AVC costumam se desenvolver silenciosamente ao longo do tempo, impulsionados por hábitos de vida e condições de saúde que poderiam ser monitoradas e controladas.
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A Associação Americana do Coração define como níveis indesejados uma pressão arterial igual ou superior a 120 por 80 mmHg, colesterol total a partir de 200 mg/dL, glicose de jejum acima de 100 mg/dL ou diagnóstico de diabetes, além do histórico de tabagismo, mesmo entre ex-fumantes.
Pessoas que se enquadram em uma ou mais dessas situações apresentam risco significativamente maior de desenvolver doenças cardíacas.
O AVC é uma emergência médica que ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é interrompido, causando a morte de células cerebrais. Existem dois tipos principais:
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O atendimento rápido é determinante para evitar sequelas graves.
No AVC isquêmico, o objetivo é restabelecer o fluxo sanguíneo, isso pode ser feito com medicamentos que dissolvem o coágulo ou com procedimentos mecânicos, como a trombectomia, que remove o bloqueio de forma direta.
O AVC hemorrágico, por sua vez, tende a ser mais grave, o sangramento causa um inchaço (edema) que aumenta a pressão dentro do crânio.
Nessas situações, pode ser necessário recorrer a uma cirurgia para aliviar essa pressão e evitar danos cerebrais mais extensos.
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Mesmo após o tratamento de urgência, é comum que o AVC deixe sequelas, como dificuldades de fala, de coordenação motora ou de memória.
Entre as principais medidas de prevenção estão:
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Segundo os autores, a prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz para reduzir mortes e complicações cardiovasculares, já que a maioria dos fatores de risco pode ser controlada com mudanças no estilo de vida e acompanhamento médico regular.
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Mais de 93% dos voluntários incluídos na pesquisa tinham pelo menos dois fatores de risco associados, o que mostra como esses elementos costumam andar juntos. A descoberta reforça a importância de campanhas públicas voltadas à conscientização, medidas simples que podem evitar a maioria dos casos de infarto e AVC.
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