Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paaulo, 25/08/2025 - Após o vídeo polêmio do youtuber Felca sobre adultização e o perigo que as redes sociais podem representar para as crianças e adolecentes, o debate sobre o uso saudável da tecnologia ganhou mais relevância do que nunca.
Um levantamento recente da Norton, empresa global de cibersegurança, mostrou que os jovens brasileiros passam, em média, quase 5 horas por dia conectados a dispositivos digitais.
Apesar de 88% dos pais afirmarem que controlam o tempo de tela dos filhos, três em cada dez (36%) reconhecem que as crianças encontram maneiras de driblar essas limitações.
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O estudo Norton Cyber Safety Insights 2025: Connected Kids revelou ainda que o uso de ferramentas de inteligência artificial já faz parte da rotina de muitos estudantes.
Cerca de 39% dos pais notaram que seus filhos utilizam aplicativos de IA não apenas para estudar, mas também como forma de companhia ou apoio emocional.
Entre as plataformas mais citadas estão ChatGPT (67%), Google Gemini (49%), recursos de IA aplicados em escolas, como o Grammarly (22%), e até soluções de redes sociais, como o My AI do Snapchat (12%).
Esse cenário reforça a necessidade de estabelecer limites claros e orientar crianças e adolescentes sobre os riscos e responsabilidades do mundo digital.
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Especialistas em cibersegurança destacam que, além da tecnologia, a principal ferramenta de proteção ainda é o diálogo constante entre pais e filhos.
Confira algumas medidas que podem ajudar:
Use ferramentas de controle parental
Aplicativos especializados permitem monitorar atividades, bloquear conteúdos impróprios e definir horários de uso, criando equilíbrio entre tempo online e offline.
Restrinja compras e downloads
Configurações de segurança podem evitar acessos a sites indesejados, downloads perigosos ou até compras não autorizadas.
Revise as permissões de aplicativos
Ajustar acessos à câmera, microfone e localização garante mais privacidade e reduz riscos de exposição excessiva.
Mantenha o diálogo aberto
Conversas frequentes sobre o que as crianças consomem online, seus interesses e possíveis preocupações fortalecem a confiança e ajudam a lidar com situações de risco.
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Segundo Iskander Sanchez-Rola, Diretor de IA & Inovação da Norton, a tecnologia pode ser uma grande aliada do aprendizado, mas exige equilíbrio.
“Queremos que os pais se sintam confiantes à medida que os filhos retornam às aulas e se reconectam com a tecnologia. Estabelecer acordos familiares, usar ferramentas confiáveis e manter um diálogo aberto são essenciais para apoiar hábitos digitais positivos durante o ano letivo”, afirma.
A mensagem principal é clara: mais do que proibir ou restringir, é preciso orientar e educar. Assim, crianças e adolescentes poderão aproveitar o melhor do mundo digital de forma segura e consciente.
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