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“A diversidade está aqui”, diz secretário da pessoa idosa em conferência

Paula Bulka Durães/VIVA

As autoridades foram preenchendo aos poucos o palco, no decorrer da abertura, que começou com atraso de três horas - Paula Bulka Durães/VIVA
As autoridades foram preenchendo aos poucos o palco, no decorrer da abertura, que começou com atraso de três horas
Por Paula Bulka Durães

17/12/2025 | 08h09

Brasília, 17/12/2025 – “A Conferência já deu certo, a diversidade está aqui.” Assim abriu a 6ª Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (Conadipi) o secretário de Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva.

Na noite de abertura, o encontro reuniu 1,3 mil participantes, entre delegados eleitos para representar a sociedade civil, autoridades, ativistas e convidados. Muitos deles, como destacou o secretário, nunca haviam viajado de avião.

O evento, que começou na noite de terça-feira, 16, com três horas de atraso, tem como tema as múltiplas velhices, ou seja, as diversas realidades do envelhecer no Brasil — marcadas pela variedade de renda, raça, etnia, gênero, orientação sexual e religiosidade.

Leia também: VIVA acompanha: Conferência nacional da pessoa idosa começa hoje, 16

“Envelhecer é um verbo no presente”, disse o secretário, que celebrou a lotação do salão Plenário do Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, Distrito Federal (DF), com pessoas idosas de diferentes regionalidades e perfis.

“Nós sabemos, infelizmente, há também profissionais que ainda se preparam com desinteresse e a não prioridade das suas gestões superiores para a pauta, mas nossa luta é contínua”, complementa.

Na cerimônia, estiveram presentes a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, e a ministra das Mulheres, Márcia Lopes, além de secretários e conselheiros nacionais, parlamentares e ativistas, que foram preenchendo aos poucos o palco no decorrer da abertura.

Evaristo destacou os avanços que o Brasil tem apresentado, com mais oportunidades para as pessoas idosas, mas ressaltou que o Estado precisa responder com rapidez ao envelhecimento populacional desigual.

“Hoje temos o maior índice de pessoas idosas trabalhando desde o início da série histórica: uma em cada quatro pessoas idosas estava ocupada em 2024. Porém, pessoas idosas brancas recebem, em média, 65% a mais do que pessoas idosas pretas de baixa renda”, afirmou a ministra.

'Queremos respeito'

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Abertura registra 1,3 mil participantes, diz secretário - Paula Bulka Durães/VIVA

O vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa (CNDPI), o sindicalista Epitácio Luiz Epaminondas, conhecido como Luizão, utiliza cadeira de rodas há três anos.

Em seu discurso, pediu respeito para os idosos e pessoas com deficiência. “Existe uma questão que é muito colocada e é muito recorrente, quer dizer, o velhinho, o coitadinho. Respeite nossos cabelos brancos, respeite as nossas rugas. Olhe para os colegas ao seu lado e veja que não existe juiz mais inplacável do que o tempo.”

O representante no Brasil da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Cristian Morales Fuhrmann, também discursou, reconhecendo que o País enfrenta dificuldades em acolher a diversidade no envelhecer.

“No eixo da democracia, a conferência reafirma o papel das pessoas idosas como sujeitos de direitos, protagonistas essenciais da vida social, política e comunitária, e não apenas como destinatárias de cuidados.”

Recentemente, Fuhrmann representou a organização na entrega do certificado Cidade Amiga do Idoso para a capital de São Paulo — o reconhecimento é concedido a municípios que, segundo a Opas e a Organização Mundial da Saúde (OMS), priorizam inclusão e acolhimento das pessoas idosas.

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Fórum da mulher idosa

A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, anunciou na abertura da Conadipi a criação do Fórum da Mulher Idosa, iniciativa que pretende representar as longevas no cenário nacional. “Vamos criar, a partir de janeiro, para que vocês representem cada região desse País”.

A ministra justificou o atraso na abertura por estar em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, para pensar em ações de combate ao aumento nos casos de feminicídio no Brasil.

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