Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 13/08/2025 - Agosto é o mês dedicado à conscientização e ao enfrentamento da violência contra a mulher. No chamado Agosto Lilás, reforçamos a conscientização e intensificamos ações de prevenção, acolhimento e incentivo à denúncia.
É importante lembrar que esse tipo de violência pode atingir mulheres de todas as idades, inclusive idosas, que sofrem muitas vezes abusos silenciosos, dentro de suas próprias casas. Conforme dados do Data Senado, de 2% a 5% dos casos por unidade da federação ocorrem com mulheres entre 50 e 59 anos e de 1 a 3% acima dos 60 anos.
Para apoiar as vítimas, existem canais de denúncia espalhados por todo o país. No Estado de São Paulo, por exemplo, existem 142 Delegacias de Defesa da Mulher (DDMs). Para quem não pode se deslocar, a DDM Online permite registrar boletins de ocorrência e solicitar medidas protetivas a qualquer hora do dia.
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Outro destaque é a Cabine Lilás, serviço da Polícia Militar dentro do Centro de Operações (Copom) que oferece atendimento exclusivo para casos de violência doméstica ou familiar.
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Para ampliar a rede de proteção, o aplicativo SP Mulher Segura (veja mais aqui) reúne serviços que vão desde o registro online de ocorrências até o botão do pânico, além de um sistema de monitoramento de agressores por georreferenciamento.
É essencial reconhecer os sinais iniciais. O primeiro ato raramente é físico. Antes disso, há xingamentos, humilhações, controle excessivo. É nesse ponto que a mulher precisa agir.
A Lei Maria da Penha reconhece cinco tipos de violência: física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Todas podem causar danos profundos e merecem denúncia imediata.
O alerta também vale para mulheres mais velhas, que frequentemente enfrentam violência física, patrimonial e psicológica praticada por parceiros, familiares ou cuidadores.
Muitas, por medo ou dependência, deixam de buscar ajuda, o que reforça a importância de campanhas que quebrem o silêncio.
O Agosto Lilás reforça: violência contra a mulher não tem idade, classe social ou local certo para acontecer. E denunciar é o primeiro passo para interromper o ciclo e salvar vidas.
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