São Paulo, 09/09/2025 - A série documental
Travessias Desiguais, produção da Maranha, estreia hoje, às 21h30, no
canal Futura. Uma correalização com a Fundação Tide Setubal, a série de quatro episódios conta as experiências de vidas atravessadas pelas desigualdades e dedicadas a lutar por um Brasil menos desigual. Os próximos episódios serão exibidos no mesmo horário, nas próximas três semanas e a série completa também estará disponível
gratuitamente na Globoplay.
Segundo o diretor executivo da série, Tiago Pereira, o projeto é fruto de um trabalho de quatro anos e envolveu mais de 360 pessoas espalhadas pelas cinco regiões do país. "A
desigualdade atravessa a vida de muitas formas e buscamos retratá-la aqui por um meio não convencional. Muita gente vai se identificar com as histórias que contamos", afirma Pereira.
Segundo ele, o trabalho começou com a criação de um mapa de conhecimento esquadrinhando o país para entender as múltiplas desigualdades e como elas se encaixariam nessas histórias. "Essa não é uma série sobre pobreza ou riqueza, mas sobre a complexidade que é viver no Brasil", define o diretor.
Com 15 anos de experiência em projetos na área de áudio visual para o terceiro setor, Pereira acredita que cada história é única e singular. "É difícil dizer se tem uma história na série que mais me tocou. Cada uma tem suas peculiaridades e é importante", observa ao comentar o seu processo de produção.
"Esse projeto veio para provocar reflexões e principalmente ações", define.
Maternidades desiguais
A
maternidade é o tema do primeiro episódio, que apresenta histórias de diferentes regiões do Brasil refletindo sobre as desigualdades enfrentadas na criação dos filhos. No segundo episódio crianças e jovens das cinco regiões do país são ouvidas sobre suas experiências na escola, alimentação, crise climática e meio ambiente.
Educação e trabalho é o tema do terceiro episódio, que reflete as desigualdades no acesso à educação e ao trabalho dignos na cidade e no campo, segundo jovens do teatro, motorista de aplicativos, antropóloga indígena e trabalhadores e ativistas brasileiros.
A
maturidade é o tema do último episódio, que entrevistou brasileiros e brasileiras entre 60 e 82 anos. Neste capítulo, a série aborda os percalços do amadurecimento, vínculos familiares, além da comunidade trans, a vida com deficiência, saúde e espiritualidade.