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Endividados enfrentam mais de 6 meses consecutivos no vermelho, diz pesquisa

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De acordo com o levantamento, 31% dos brasileiros consultados reconhecem que tem alguma dívida em aberto - Envato
De acordo com o levantamento, 31% dos brasileiros consultados reconhecem que tem alguma dívida em aberto
Fabiana Holtz
Por Fabiana Holtz fabiana.holtz@viva.com.br

Publicado em 06/11/2025, às 14h26

São Paulo, 06/11/2025 - Mais da metade dos brasileiros endividados (54%) convive há pelo menos seis meses com a dívida. Pior que isso: 63% dessas pessoas não espera quitar as dívidas que tem ainda este ano. Os dados são de uma pesquisa realizada pela fintech meutudo. Outros 34% contraíram dívidas nos últimos três meses e 12% estão entre três e seis meses nessa situação.
Segundo o levantamento, 31% dos brasileiros consultados reconhecem que possuem alguma dívida em aberto. Desse universo, 16% estão comprometidos com empréstimos ou financiamentos e 15% no cartão de crédito. 
Os dados corroboram a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em outubro, de acordo com esse levantamento, o número de famílias inadimplentes se manteve no ápice histórico de 30,5% já alcançado em setembro.
No mês, a proporção de famílias com dívidas atingiu 79,5%, maior patamar da série histórica iniciada em 2010, acrescenta a CNC. A alta sugere, segundo a CNC, impactos nas vendas do comércio para a Black Friday e o Natal.

Leia também: Um a cada 5 consumidores tem perfil ‘caçador de desconto’, diz Serasa

Entre as razões para o endividamento, destaca a pesquisa, 37% atribui a situação a gastos emergenciais e imprevistos e outros 34% a despesas do dia a dia (despesas como contas de casa, saúde e alimentação). Somente 6% atribuiu o endividamento a compras de maior valor, como carro e eletrodomésticos.
Para Márcio Feitoza, CEO da meutudo, as respostam revelam que o orçamento do brasileiro está cada vez mais apertado, com muitos vivendo no limite financeiro, buscando quitar as despesas básicas. 

Planos para 2026

Com relação a expectativas para quitar as dívidas, 38% responderam que ainda não sabem se conseguirão resolver a situação em 2025, enquanto 25% dizem ter a expectativa de resolver a situação apenas em 2026 e 37% esperam limpar o nome até o fim do ano.
Para organizar as finanças nos próximos meses, 51% planejam cortar gastos. Outros 22% pretendem renegociar os débitos ou buscar crédito com juros menores. Já 28% ainda não definiram nenhum plano.
Mesmo com incerteza sobre o futuro financeiro, a maioria demonstra disposição para retomar o controle das contas. Cortar gastos é o primeiro passo, mas o dado também revela que cresce a busca por alternativas mais conscientes, como renegociação de crédito com juros mais acessíveis”. 
Para a pesquisa, a meutudo ouviu 5.143 pessoas de forma virtual, em todas as regiões do País, entre os dias 7 e 15 de outubro.

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