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Falta de controle emocional contribui para aumento de dívida, diz estudo

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Impacto da saúde mental na vida financeira se mostra forte e duradouro, visto que 46% dos entrevistados disseram já terem feito compras por impulso - Envato
Impacto da saúde mental na vida financeira se mostra forte e duradouro, visto que 46% dos entrevistados disseram já terem feito compras por impulso
Fabiana Holtz
Por Fabiana Holtz fabiana.holtz@viva.com.br

Publicado em 19/09/2025, às 11h50 - Atualizado às 12h07

São Paulo, 19/09/2025 - A falta de controle emocional para administrar as finanças tem impactado a vida de mais da metade dos brasileiros, de acordo com recente levantamento da Serasa realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa Opinion Box. Segundo os dados desse levantamento, mais da metade dos brasileiros (54%) já acumularam dívidas devido a problemas emocionais e 41% afirmaram ter consumido todas as suas economias por motivos ligados à saúde mental. 
E o impacto da saúde mental na vida financeira se mostra forte e duradouro, considerando que 46% dos entrevistados disseram já terem feito compras por impulso como forma de se sentir melhor. Realizada entre 8 a 19 de agosto, a pesquisa ouviu 1.240 consumidores online em todo o Brasil.
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Rodrigo Costa, especialista da Serasa em educação financeira, afirma que os dados confirmam que cuidar do equilíbrio emocional é essencial para evitar dívidas, tomar decisões mais conscientes e até reconstruir a confiança no próprio planejamento financeiro. “As compras por impulso ou o endividamento por questões emocionais mostram que saúde mental e financeira estão diretamente ligadas", destaca.

Dificuldade como parte da rotina

Ter o nome negativado, conhecido como 'nome sujo', é o principal problema financeiro apontado por 43% dos entrevistados. Em segundo lugar, com 37%, está o atraso no pagamento de contas, seguido pela dificuldade em conseguir crédito aprovado, com 34% e a renda insuficiente, com 29%.
A boa notícia, na visão dos responsáveis pela pesquisa, é que 60% dos entrevistados acreditam que cuidar da saúde mental e reduzir o estresse pode favorecer decisões financeiras mais conscientes e equilibradas. Outros 30% acreditam que o bem-estar emocional ajudaria ainda a diminuir gastos relacionados à própria saúde mental. 
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Costa avalia que o país enfrenta uma nova fase de inadimplência: a emocional. "Silenciosa e crescente, a incerteza fala muito alto, refletindo na falta de equilíbrio mental e impactando diretamente a vida financeira de todas as classes sociais".

Renda comprometida

Outro estudo da Serasa Experian, divulgado em meados de agosto, confirma a dimensão do problema. Segundo o levantamento, 70,5% da renda dos brasileiros está comprometida com contas a pagar, que vão desde dívidas com bancos a faturas de cartão de crédito, energia elétrica e internet, entre outros gastos contratados. Com isso, sobram, na média, R$ 968,00 para novas despesas no mês.
Outro fator preocupante é que quanto menor a renda, maior é, em geral, o comprometimento, acrescenta o estudo. Consumidores que ganham até um salário mínimo têm 90,1% da renda comprometida por compromissos financeiros assumidos.

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