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Por Joyce Canele
[email protected]São Paulo, 24/07/2025 - Um estudo mostra que a convivência regular com os netos pode prolongar significativamente a vida dos avós. A interação entre gerações não só fortalece os laços familiares como também melhora a saúde física e emocional dos mais velhos, contribuindo para uma vida mais longa e plena.
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A pesquisa, publicada na revista Evolution and Human Behavior e conduzida por cientistas da Universidade Charité, em Berlim, acompanhou por quase duas décadas mais de 500 idosos com idades entre 70 e 103 anos.
O estudo identificou uma redução de 37% no risco de mortalidade entre os avós que conviviam com netos, mesmo que não fossem os principais cuidadores.
Confira a seguir os benefícios da convivência constante com os netos:
Idosos que mantêm uma relação próxima com seus netos apresentaram menor risco de morte ao longo do estudo.
A convivência constante trouxe benefícios físicos, emocionais e sociais, resultando em até 10 anos adicionais de vida. O contato frequente com crianças pode estimular o movimento, a cognição e o senso de propósito dos avós.
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Participar do cotidiano dos netos ajuda os avós a se sentirem úteis e emocionalmente conectados. Isso reduz sentimentos de solidão e sintomas de depressão, comuns em faixas etárias mais avançadas.
A presença das crianças gera momentos de alegria, risos e vínculo afetivo, o que reforça o bem-estar psicológico dos mais velhos.
Interagir com crianças envolve atenção, memória, linguagem e até atividade física. Ao acompanhar os netos em brincadeiras, tarefas escolares ou passeios, os avós exercitam mente e corpo, o que contribui para manter a autonomia e a qualidade de vida por mais tempo.
A convivência entre avós e netos reforça o senso de pertencimento e valor dentro da família. Os idosos se sentem parte ativa na transmissão de saberes e valores, o que melhora sua autoestima. Esse vínculo intergeracional é positivo para todos, inclusive para os netos, que crescem mais seguros e afetivamente amparados.
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A proximidade com os netos oferece aos avós uma nova razão para viver. Ter um papel importante no apoio à família dá sentido ao dia a dia e amplia a motivação para manter hábitos saudáveis, como se alimentar bem, dormir melhor e manter consultas médicas em dia.
O estudo também identificou que idosos sem filhos ou netos que se dedicavam a ajudar vizinhos, amigos ou membros da comunidade também viviam mais.
A participação ativa em redes de apoio, mesmo fora da família, proporcionou até sete anos adicionais de vida. Isso reforça a importância da interação social em qualquer formato para a saúde na velhice.
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Promover relações entre avós e netos e fortalecer o convívio com a comunidade são estratégias eficazes para garantir mais saúde, alegria e uma vida mais longa às pessoas com mais de 70 anos.
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