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Sonho da casa própria está nos planos de 4 em cada 10 brasileiros

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Apesar do sonho, 41% dos entrevistados na pesquisa afirmam não ter dinheiro para dar entrada ou financiar o imóvel - Envato
Apesar do sonho, 41% dos entrevistados na pesquisa afirmam não ter dinheiro para dar entrada ou financiar o imóvel
Fabiana Holtz
Por Fabiana Holtz fabiana.holtz@viva.com.br

Publicado em 03/12/2025, às 12h11 - Atualizado às 12h19

São Paulo, 03/12/2025 - O sonho da casa própria está nos planos de 50% da Geração Z (com idades entre 18 e 28 anos), segundo pesquisa "Retratos do Morar", realizada pela Ipsos-Ipec à pedido do Quinto Andar e divulgada nesta quarta-feira, 3. O resultado está acima da média nacional, que é de 41%. Ou seja, 4 em cada 10 entrevistados entre todas as faixas etárias desejam comprar um imóvel.
Realizar esse desejo, porém, ainda tem encontrado alguns obstáculos importantes. Segundo a pesquisa, 41% dos entrevistados revelaram não ter dinheiro para dar entrada ou financiar o imóvel. Na Geração Z, esse número é ainda maior e chega a 47%.
A alta de preços também é apontada por 30% dos entrevistados como barreira para a compra do imóvel, enquanto outros 21% mencionaram os juros altos. Para Lucas Lima, COO do Quinto Andar, a pesquisa mostra que o sonho da casa própria está vivo, especialmente entre os mais jovens. "Entretanto, ele esbarra em um cenário macroeconômico desafiador, com alta taxa de juros e dificuldade de poupar", acrescenta.
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Dados da pesquisa encomendada pelo Quinto Andar apontam as tendências para a moradia no Brasil
Foto: Fabiana Holtz
Entre as principais barreiras para a realização desse sonho, o levantamento apurou que 37% dos entrevistados gostariam muito de guardar dinheiro, mas admitem que as despesas fixas consomem toda ou quase toda a renda.
O impacto da questão econômica também afeta os planos, visto que 60% dos brasileiros que desejam adquirir um imóvel planejam fazer isso em um ano ou mais. Entre os integrantes da Geração Z esse número é ainda maior e chega a 65%.
Segundo Lima, os números confirmam que o brasileiro ainda enxerga o imóvel como um pilar de segurança e de realização.

Comprar para investir?

Apesar de liderar a intenção de compra, a Geração Z é a faixa que menos pretende adquirir um imóvel para investimento, com apenas 14% de interessados.
Para as outras gerações, essa motivação é bem mais forte. Entre os Millenials (de 29 a 44 anos) ela chega a 26%, enquanto entre os integrantes da Geração X (de 45 anos a 60 anos), a intenção é de 24% e entre os Baby boomers (acima de 61 anos) chega a 23%.

Como vivem os brasileiros

De acordo com o estudo "Retratos do Morar", 63% dos brasileiros já possuem um imóvel próprio e 29% vivem em imóveis alugados. Perguntados sobre os modelos de moradia que vem ganhando popularidade nos últimos anos, 69% dos brasileiros responderam que viveriam em uma tiny house (moradia pequena, com área útil de até 37 metros quadrados, que promove um estilo de vida simples e sustentável). 
A maior rejeição aos micro apartamentos foi encontrada entre os mais velhos, acima de 61 anos, sendo que apenas 27% dos respondentes nessa faixa etária afirmaram que morariam em um apartamento nessas dimensões. "Esse modelo (tiny house) representa uma porta de entrada para os mais jovens e não quer dizer que a pessoa irá viver o resto da vida ali", destaca Márcia Cavallari, diretora do Ipsos-Ipec. 
Entre os dados que apontam para as tendências do mercado imobiliário brasileiro, hoje 18% das residências são ocupadas por apenas uma pessoa e 50% dos domicílios brasileiros tem animais de estimação. "E essa tendência de imóvel com um único morador só tem crescido", afirma Cavallari.

Metodologia

Dentro do perfil pesquisado, composto por 2.485 entrevistas, 27% dos respondentes tinham de 18 a 28 anos. Outros 38% são da faixa etária entre 29 a 44 anos (Geração Y ou Millenials), enquanto 26% são do grupo de 45 a 60 anos (Geração X) e 9% acima de 61 anos (conhecidos como Baby boomers).
No recorte por classe social, a classe C prevaleceu com 67% dos participantes, com 33% representando as classes A e B. Na leitura por gênero, as mulheres predominaram com participação de 51%, contra 49% dos homens.
Com relação a escolaridade do universo pesquisado, 58% responderam ter ensino médio e 33% concluíram o ensino superior.

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