Sete em cada 10 brasileiros querem comprar chocolates na Páscoa

São Paulo, 10/04/2025 - A Páscoa este ano deve movimentar R$ 5,3 bilhões, cerca de 26,8% a mais do que o verificado em 2024, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de  Crédito e Serviços (Abecs), realizada em parceria com o Instituto Datafolha. Sete em cada 10 pessoas, pretendem comprar chocolates e outros produtos na data. O valor que o brasileiro pretende gastar, no entanto, é menor do que o registrado no período anterior, R$ 146,00, ante R$ 156,00.

Por que o chocolate está mais caro?

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab), este ano a produção de ovos de Páscoa foi de 45 milhões de unidades, menor que os 58 milhões produzidos no ano passado.

Esta queda se deve a menor oferta do cacau em razão dos dois maiores produtores mundiais, Costa do Marfim e Gana, terem suas plantações prejudicadas pelo El Niño e a alta da commoditie na Bolsa de Nova York.

Ainda segundo o levantamento, o ovo de Páscoa continua liderando o interesse de compra (64%), seguido por bombons, caixa de bombons, trufas (36%) e barra de chocolate (34%). Brinquedos e cesta de Páscoa somaram 2% das intenções de compra cada. Roupas 1%. Outras respostas ou não sabem, 2%.

No recorte por faixa etária, a intenção de compra da população entre 18 e 24 anos aparece em primeiro lugar, com 79%, seguida de perto pelos entrevistados entre 25 e 34 anos, com 78%, entre 45 e 49 anos, com 62%, e 60 anos ou mais, 46%. As regiões Sul (R$ 178), Centro-Oeste (R$ 169) e Sudeste (R$ 158) apresentam a intenção de gasto médio acima da média nacional.

Nessas regiões, a estimativa de movimentação é de R$ 984 milhões, R$ 501 milhões e R$ 2,3 bilhões, respectivamente. A região Nordeste apresenta média de gasto de R$ 109 e previsão de R$ 1 bilhão de movimentação. Com a menor média está a região Norte (R$ 108) e movimentação de R$ 414 milhões.

Os homens pretendem gastar mais nesta Páscoa (R$ 154), assim como consumidores da faixa etária de 18 a 24 anos (R$ 157) e das classes A/B (R$ 182). O dinheiro ainda é a principal opção de pagamento (43%), seguida de cartão de crédito (42%), Pix (39%), e cartão/vale alimentação e refeição apenas 1%.

Entre os entrevistados, que pretendem comprar com cartão de crédito ou de loja, 45% pretendem parcelar. No recorte por gênero, as mulheres pretendem parcelar as compras mais do que os homens: 49% contra 38%. Entre os consumidores, as pessoas com mais de 60 anos têm maior disposição para parcelar suas compras, com 57%.

A preferência por compras presenciais é maior também entre homens (92%) e mulheres (91%), assim como em todas as classes sociais (A/B e C: 90% e D/E: 94%). Pelo recorte de faixa etária, a preferência por lojas físicas é maior entre a população com mais de 60 anos (96%) e menor entre 25-34, com 89%.