Foto: Envato Elements
Por Joyce Canele
redacao@viva.com.brSão Paulo, 05/11/2025 - A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais que pode atingir pessoas de todas as idades. Ela ocorre quando esses espaços, localizados ao redor do nariz, olhos e testa, ficam bloqueados e acumulam secreção, o que gera dor e desconforto.
Segundo o MSD Manuals, o problema pode ter origem viral, bacteriana, fúngica ou até alérgica, dependendo do quadro de cada paciente, dependendo do tipo, a cura é um tratamento adequado.
A sinusite aguda, é a mais comum e mais fácil de curar. Geralmente provocada por vírus respiratórios como rinovírus, influenza e parainfluenza.
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Em alguns casos, a infecção viral evolui para uma bactéria, com agentes como Streptococcus pneumoniae e Haemophilus influenzae.
Já a sinusite crônica pode ter várias causas combinadas, como alergias persistentes, irritação provocada por poluição ou fumaça de cigarro, além de alterações anatômicas no nariz que dificultam a drenagem natural do muco.
Os sintomas costumam incluir obstrução nasal, secreção amarelada ou esverdeada, dor e pressão facial, perda parcial do olfato e até tosse noturna. A dor muda de acordo com a região afetada.
Se o problema está nos seios maxilares, a dor pode se concentrar na bochecha e nos dentes superiores. Quando o seio frontal é o atingido, o incômodo aparece na testa.
A sinusite esfenoidal, por outro lado, provoca dor mais difusa, podendo atingir o topo ou a parte de trás da cabeça.
A forma como o organismo reage também ajuda a identificar a gravidade do quadro. Casos de sinusite viral leve tendem a melhorar com medidas simples, como inalação, hidratação e repouso, além de compressas mornas e nebulizações com soro fisiológico ajudam a aliviar a congestão e favorecem a drenagem das secreções.
Descongestionantes nasais podem ser usados por poucos dias, mas o uso prolongado é desaconselhado porque pode irritar a mucosa e piorar o problema.
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Quando há suspeita de infecção bacteriana, especialmente se os sintomas persistem por mais de 10 dias, se há febre alta ou dor intensa, o uso de antibióticos pode ser necessário. O tratamento mais indicado costuma envolver amoxicilina associada ao clavulanato, por um período que varia entre cinco e sete dias em adultos e até 14 dias em crianças.
Pessoas alérgicas à penicilina podem ser tratadas com doxiciclina ou levofloxacina.
Além dos medicamentos, sprays nasais com corticoide também podem ajudar a reduzir a inflamação e aliviar a obstrução, mas o efeito é mais lento, levando cerca de 10 dias para ser percebido.
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Em casos de sinusite crônica, o uso prolongado desses produtos pode evitar novas crises. Mas vale lembrar que qualquer tratamento deve ser prescrito por um médico.
A doença pode ser classificada de várias formas:
Situações mais graves, quando há complicações como celulite orbital ou abscessos próximos aos olhos e cérebro, exigem atendimento médico imediato.
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Crianças também podem ser afetadas, a sinusite bacteriana costuma ser suspeitada quando a secreção nasal purulenta persiste por mais de 10 dias, acompanhada de tosse e cansaço.
A tomografia só é recomendada se houver sinais de complicações, devido ao risco da exposição à radiação. Há ainda casos em que a cirurgia é necessária, especialmente quando o tratamento medicamentoso não surte efeito.
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O procedimento, realizado com auxílio de endoscópio, ajuda a remover tecidos inflamados e a melhorar a ventilação dos seios. Técnicas modernas, com sistemas de navegação computadorizada, vêm tornando essas cirurgias mais seguras e precisas.
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Apesar de comum, a sinusite requer atenção, manter a imunidade fortalecida, evitar exposição à fumaça e tratar corretamente alergias respiratórias são atitudes que ajudam na prevenção.
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