Esta é a melhor proteína para a longevidade, segundo pesquisadores

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Dietas com maior presença de proteínas vegetais tendem a favorecer a longevidade - Foto: Envato Elements
Dietas com maior presença de proteínas vegetais tendem a favorecer a longevidade

Por Joyce Canele

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Publicado em 24/07/2025, às 08h42

Grão-de-bico, lentilhas, feijão, ervilhas e tofu. Esses ingredientes, comuns em muitas cozinhas pelo mundo, ganharam destaque em uma pesquisa internacional por estarem associados a uma expectativa de vida mais longa.

Segundo um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Sydney, na Austrália, dietas com maior presença de proteínas vegetais tendem a favorecer a longevidade, especialmente entre adultos.

A pesquisa, publicada na revista Nature Communications, avaliou dados de 101 países ao longo de quase seis décadas, entre 1961 e 2018. Os pesquisadores cruzaram informações sobre a disponibilidade de alimentos com indicadores populacionais, como expectativa de vida e mortalidade infantil.

Os resultados mostraram que uma alimentação com mais proteínas vegetais está associada a populações que vivem mais.

Já as proteínas de origem animal, como carnes, ovos e laticínios, se mostraram mais importantes para a saúde na primeira infância, especialmente na redução das taxas de mortalidade infantil.

Vantagens para adultos 

Entre os adultos, no entanto, a vantagem vai para o prato colorido de vegetais. Alimentos como leguminosas são ricos em fibras, antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, o que ajuda a prevenir doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outros problemas metabólicos.

Além dos benefícios à saúde, esses alimentos são mais sustentáveis: sua produção exige menos recursos naturais e gera menos impacto ambiental, especialmente em comparação com a pecuária intensiva.

Regiões conhecidas pela alta longevidade de seus habitantes como Okinawa, no Japão, Ikaria, na Grécia, e Loma Linda, nos Estados Unidos, reforçam as conclusões do estudo com práticas alimentares tradicionais baseadas em vegetais.

Nessas comunidades, leguminosas são consumidas quase diariamente e em porções generosas, mostrando que uma dieta simples pode ser também uma dieta poderosa.

Outras pesquisas já apontavam para os benefícios desse tipo de alimentação. Um estudo publicado no British Medical Journal revelou que a substituição de carnes vermelhas por fontes vegetais de proteína pode reduzir o risco de morte precoce, especialmente por causas cardiovasculares.

A boa notícia é que essa mudança não exige cortes radicais, mas sim uma substituição gradual, com mais variedade de grãos, legumes e verduras no dia a dia. A longevidade, ao que tudo indica, não está escondida em fórmulas mágicas nem em dietas restritivas. Está no prato simples, colorido e natural, aquele que vem da terra e não do pasto.

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