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Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 04/11/2025 - O índice glicêmico (IG) é uma ferramenta que mede a velocidade com que os alimentos ricos em carboidratos elevam o nível de glicose no sangue. Ele indica quão rapidamente o corpo transforma o carboidrato ingerido em energia.
Segundo o Einstein, esta média faz toda a diferença para a saúde, controle do peso e até a prevenção de doenças.
Quando um alimento é digerido e absorvido de forma muito rápida, ele causa picos de glicose e insulina no sangue. Já os alimentos com baixo índice glicêmico liberam açúcar de maneira mais gradual, ajudando a manter a glicemia estável por mais tempo.
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A longo prazo, uma alimentação baseada em alimentos de alto IG pode aumentar o risco de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e ganho de peso.
Isso acontece porque os picos frequentes de glicose estimulam o corpo a liberar mais insulina, o que pode levar à resistência à insulina e à formação de gordura corporal.
Por outro lado, priorizar alimentos de baixo IG traz benefícios como: controle mais estável dos níveis de açúcar no sangue, importante para quem tem diabetes ou pré-diabetes; maior sensação de saciedade, ajudando a reduzir a ingestão calórica; menor risco de doenças metabólicas e cardiovasculares e revenção de alguns tipos de câncer, como o colorretal e o de próstata.
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Os alimentos são classificados conforme o seu impacto na glicemia:
Consumir com frequência alimentos de alto índice glicêmico pode provocar flutuações constantes nos níveis de açúcar no sangue.
Isso contribui para o aumento do apetite, acúmulo de gordura corporal e, com o tempo, para o desenvolvimento de doenças renais, cardíacas e neurológicas.
Esses picos também geram uma “montanha-russa glicêmica”: após uma alta rápida na glicose, o corpo libera grandes quantidades de insulina, o que pode resultar em queda brusca de energia e desejo intenso por mais carboidratos.
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Embora o IG seja um bom indicador, ele não mostra o impacto total de um alimento na glicemia. Para isso, existe a carga glicêmica (CG), que considera também a quantidade de carboidratos em uma porção.
Um exemplo clássico é a melancia, que possui alto índice glicêmico, mas pouca quantidade de carboidrato por porção, resultando em uma carga glicêmica baixa. Ou seja, o efeito real sobre o açúcar no sangue é pequeno.
Para equilibrar a alimentação, é importante priorizar alimentos com baixo ou médio IG e evitar os que causam picos de glicose. Algumas estratégias ajudam a reduzir o impacto dos carboidratos no organismo:
Vale lembrar que o índice glicêmico é apenas um dos fatores a considerar em uma dieta equilibrada. O valor nutricional, o teor de fibras e a qualidade geral dos alimentos também são fundamentais para uma boa saúde.
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Alimentos de alto IG (70 ou mais):
Arroz branco, batata cozida, tapioca, pão branco, pipoca, cereal de milho, rosquinhas, refrigerantes, purê de batata, melancia, melão cantaloupe, sorvete.
Alimentos de médio IG (56 a 69):
Arroz integral, aveia em flocos, batata-doce, cuscuz, beterraba, iogurte natural, uva, pêssego, abacaxi, pão de grãos, inhame cozido.
Alimentos de baixo IG (até 55):
Maçã, pera, morango, manga, kiwi, feijão, grão-de-bico, quinoa, cevada, cacau em pó, aveia, mamão, laranja, tomate, leite integral.
Optar por alimentos de baixo índice glicêmico pode ajudar na saciedade, na perda de peso e na prevenção de doenças, mas o segredo está no conjunto: comer de forma variada e praticar exercícios, sempre acompanhado de profissionais da área, são as verdadeiras chaves para o equilíbrio do corpo.
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