Estas 2 profissões podem reduzir o risco de Alzheimer, segundo estudo da Harvard

A doença de Alzheimer é um dos maiores desafios da medicina moderna. Apesar dos avanços, ainda não existe cura definitiva e os tratamentos atuais têm eficácia limitada. Por isso, encontrar formas de prevenir o Alzheimer tem se tornado uma das grandes prioridades da ciência.

Um estudo recente, publicado pela Harvard Health Publishing, revelou um dado curioso: motoristas de táxi e ambulância têm menos chances de morrer por Alzheimer do que pessoas em outras profissões.

Isso surpreendeu pesquisadores, já que esses profissionais usam com frequência habilidades mentais relacionadas à memória, atenção e orientação espacial, o que pode ajudar a manter o cérebro mais ativo e saudável.

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O que o estudo descobriu?

A pesquisa analisou os dados de quase 9 milhões de certidões de óbito nos Estados Unidos, avaliando a relação entre a profissão e a causa da morte. O resultado apontou que apenas 0,91% dos taxistas e 1,03% dos motoristas de ambulância morreram devido ao Alzheimer. Em comparação, a taxa entre executivos foi de 1,82%, próxima à média da população geral.

Esses números sugerem que profissões com maior exigência de raciocínio espacial em tempo real, como dirigir em diferentes trajetos diariamente, podem oferecer certa proteção contra a doença. Isso se relaciona com o hipocampo, área do cérebro responsável pela memória e costuma ser uma das primeiras afetadas pelo Alzheimer.

Essa teoria foi reforçada por um estudo clássico conduzido por Maguire et al., em 2000, publicado na revista PNAS. Nele, foi descoberto que motoristas de táxi londrinos apresentavam aumento no volume do hipocampo, justamente por precisarem memorizar mapas e rotas complexas.

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Em suma, mesmo que você não trabalhe como motorista, é possível estimular o cérebro com atividades que envolvam memorização, tomada de decisões rápidas e orientação espacial. Isso inclui desde jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, labirintos, videogames como Tetris e Minecraft, até aprender novos caminhos a pé ou fazer esportes de movimentação.

Apesar de ainda não ser possível afirmar que esse tipo de ocupação torna o Alzheimer impossível, o estudo oferece pistas valiosas sobre como manter o cérebro ativo pode fazer diferença no envelhecimento.