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Tratamento da leucemia infantil avança no Brasil com taxa de cura acima de 80%

Foto: Envato Elements

Embora o câncer infantil seja menos frequente que o câncer em adultos, sua evolução costuma ser acelerada - Foto: Envato Elements
Embora o câncer infantil seja menos frequente que o câncer em adultos, sua evolução costuma ser acelerada

Por Joyce Canele

redacao@viva.com.br
Publicado em 23/11/2025, às 08h00 - Atualizado em 24/11/2025, às 07h12

São Paulo, 24/11/2025 - A chegada do Dia Nacional do Câncer Infantil, celebrado em 23 de novembro, reacende a necessidade de ampliar a atenção aos sinais de leucemia e garantir que crianças e adolescentes tenham acesso rápido ao tratamento adequado.

Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope) oalerta sobre a  detecção precoce continua sendo o principal fator capaz de aumentar a sobrevida e reduzir as sequelas decorrentes da terapia.

Embora o câncer infantil seja menos frequente que o câncer em adultos, sua evolução costuma ser acelerada.

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A leucemia aparece como o tipo mais comum nessa faixa etária, representando aproximadamente 30% dos diagnósticos de câncer em crianças e adolescentes no país, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer.

A forma linfoide aguda, conhecida pela sigla LLA, responde pela maior parte desses casos e tem origem na medula óssea, estrutura responsável pela produção das células sanguíneas.

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Quais são os sintomas da leucemia ?

Os sinais iniciais da doença podem passar despercebidos ou serem confundidos com enfermidades comuns da infância. Entre os sintomas mais frequentes estão:

  • Palidez persistente;
  • Manchas roxas;
  • Febre prolongada;
  • Cansaço extremo;
  • Aumento de gânglios;
  • Dores ósseas; e
  • Alterações no abdômen.

Especialistas ressaltam que a falta de melhora após alguns dias é um indicativo para que pais e responsáveis busquem avaliação médica imediata.

Segundo a presidente da Sobope Mariana Michalowski, os sintomas podem ser confundidos com doenças comuns da infância, como infecções e anemias.

Por isso, é essencial que pais e responsáveis fiquem atentos a sinais persistentes, como palidez, fadiga, febre sem causa aparente, manchas roxas, sangramentos, dores ósseas e aumento do abdômen ou das ínguas.

Quais os tratamentos?

Nos últimos anos, o tratamento da LLA tem evoluído rapidamente e passa por diferentes etapas que se complementam.

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A quimioterapia permanece como a base da terapia, porém técnicas mais modernas, como imunoterapia e terapias-alvo, já fazem parte da rotina de muitos centros brasileiros e ampliam as perspectivas de cura.

Entre as estratégias inovadoras estão os anticorpos monoclonais e a tecnologia CAR T-cell, que utiliza células do próprio paciente para atacar o câncer.

Há também abordagens direcionadas a mutações específicas, a exemplo dos inibidores de tirosina quinase usados em subtipos como o LLA Ph positivo.

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O transplante de medula óssea continua sendo fundamental para pacientes de alto risco ou em recaída. Já a radioterapia, antes mais empregada nas leucemias, vem sendo substituída por alternativas menos agressivas e hoje é utilizada apenas em situações muito específicas.

Além disso, os cuidados de suporte, que incluem controle de sintomas, prevenção de infecções e manejo dos efeitos colaterais, tornaram-se parte indispensável do processo terapêutico.

O cenário brasileiro avança com a ampliação do acesso aos medicamentos essenciais. O Sistema Único de Saúde disponibiliza gratuitamente a maior parte dos remédios usados no tratamento da LLA, garantindo atendimento imediato e contribuindo para resultados cada vez melhores.

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Esse avanço tem permitido que diversos centros atinjam taxas de cura superiores a 80% patamar semelhante ao observado em países de alta renda.

Para a instituição, a data é um convite para que famílias, profissionais de saúde e gestores reforcem o compromisso com a informação e com a vigilância ativa.

A cada dia de atraso no diagnóstico pode impactar diretamente a resposta ao tratamento, ao mesmo tempo em que intervenções rápidas elevam de forma significativa a chance de cura.

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A mobilização deste 23 de novembro busca ampliar o conhecimento da população sobre os sinais de alerta de leucemia e estimular o fortalecimento das políticas públicas voltadas à oncologia pediátrica.

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