7 efeitos que viajar de avião podem causar no corpo – e como evitar

Viajar de avião envolve enfrentar uma altitude diferente da que estamos acostumados, um ambiente mais seco, baixos níveis de oxigênio e longos períodos sem poder se movimentar de maneira adequada.

Apesar de muitos passageiros não sentirem impactos severos, estudos apontam que esses fatores podem provocar várias alterações no organismo. Confira abaixo os principais efeitos e como se proteger, segundo o Hospital de Houston, no Texas (EUA).

1. Desidratação e baixa umidade

Ambientes de cabine mantêm níveis de umidade abaixo de 20 %, causando perda de água por respiração, evaporação pela pele e maior risco de diminuição da hidratação corporal. 

Como evitar: beber 200–250 ml de água por hora, evitar bebidas alcoólicas e com cafeína, e usar hidratantes labiais e nasais.

2. Trombose venosa profunda (TVP)

A permanência sentada e a desidratação aumentam a viscosidade do sangue, elevando o risco de coágulos, principalmente em voos com mais de 4 horas.

Como evitar: usar meias de compressão, caminhar a cada 1–2 horas, realizar exercícios simples com os pés (elevação de calcanhar, rotação).

3. Diminuição da oxigenação

A pressão da cabine simula altitudes de 1.500 a 2.400 metros, reduzindo a saturação de oxigênio no sangue, especialmente em idosos ou pessoas com doenças crônicas.

Como evitar: consultar médico antes da viagem, considerar oxigênio suplementar se indicado, e evitar esforço físico intenso imediatamente após o pouso.

4. Jet lag e disfunção do ritmo biológico

Transitar rapidamente entre fusos provoca fadiga diurna, insônia, alterações de humor, problemas de digestão e de desempenho cognitivo. O ajuste de ritmo leva em média um dia por fuso horário a leste e 1,5 dia a oeste. 

Como evitar: expor-se à luz natural, ajustar horários de sono e refeições antes do voo, dormir no avião se possível e evitar compromissos agendados no primeiro dia.

5. Barotrauma (orelha, sinus e digestão)

Mudanças de pressão causam desconforto nos ouvidos, seios da face, dentes e estômago.

Como evitar: mascar chiclete, bocejar, usar válvula nasal com pressão positiva, evitar voar logo após mergulhos.

6. Inalação de patógenos e má qualidade de ar

O ar reciclado e ambiente fechado facilitam a propagação de vírus respiratórios e poeiras, agravado por condições de economia reduzida na limpidez do ar.

Como evitar: higienizar mãos e superfícies, usar máscara se doente, evitar viajar se com sintomas.

7. Enjoo

O conflito entre o equilíbrio dos ouvidos, visão e sensação corporal pode provocar náusea, tontura, sudorese e desorientação espacial.

Como evitar: escolher assento sobre as asas, olhar para o horizonte, evitar atividade intensa durante turbulência, e considerar medicamentos antieméticos, gengibre ou acupressão.

Viajar de avião é seguro, e para a maioria das pessoas os efeitos são leves e temporários. Mas em voos longos ou para indivíduos com condições de saúde específicas, preparar-se adequadamente é crucial para garantir bem-estar e chegar mais descansado ao destino. Boa viagem!