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Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 07/08/2025 - À medida em que a população brasileira envelhece, cresce também a necessidade de uma atenção médica mais específica e cuidadosa. É nesse cenário que entra o geriatra, o profissional de saúde dedicado a promover o bem-estar e a qualidade de vida de quem chega à terceira idade.
Mas afinal, quando é o momento certo para procurar esse especialista?
De forma geral, a recomendação é que adultos a partir dos 60 anos comecem o acompanhamento com um geriatra.
No entanto, pessoas mais jovens que enfrentam doenças crônicas ou mudanças relevantes no estado de saúde também podem se beneficiar desse cuidado.
Leia também: Geriatria e gerontologia: entenda a diferença entre as duas especialidades
O geriatra vai muito além do tratamento de doenças comuns da idade. Ele oferece uma abordagem integral e personalizada, que considera a saúde física, mental e emocional do paciente.
A consulta geralmente inclui uma avaliação completa, não apenas de exames e sintomas, mas também da capacidade funcional, do estado cognitivo, da mobilidade e até do ambiente familiar.
Além disso, esse profissional tem um papel estratégico na prevenção de doenças, ajudando a evitar complicações e hospitalizações desnecessárias.
Isso faz com que muitos idosos consigam manter a autonomia por mais tempo, com mais segurança e qualidade de vida.
Embora as duas áreas caminhem lado a lado, geriatria e gerontologia não são a mesma coisa.
Enquanto o geriatra é um médico com especialização clínica no cuidado de idosos, o gerontólogo é um profissional que atua de forma mais ampla, considerando os aspectos sociais, psicológicos e culturais do envelhecimento.
O gerontólogo pode trabalhar em instituições, ONGs, empresas, centros de convivência ou mesmo no apoio familiar, organizando planos de cuidado que promovam o envelhecimento ativo, com foco em autonomia, autoestima, inclusão social e saúde mental.
A primeira ida ao geriatra ou gerontólogo costuma gerar dúvidas tanto no paciente quanto na família. Algumas perguntas que ajudam a orientar o atendimento são:
Essas perguntas ajudam não apenas a entender o diagnóstico e o tratamento, mas também a construir um plano de cuidado humanizado e contínuo.
Os valores de uma consulta com geriatra ou gerontólogo variam de acordo com a cidade e a experiência do profissional.
Em média, os preços vão de R$ 150 a R$ 400. Muitos planos de saúde já oferecem cobertura para esse tipo de atendimento, o que pode ajudar a viabilizar o acompanhamento regular.
Também existem alternativas acessíveis, como ambulatórios de geriatria em universidades públicas, serviços vinculados ao SUS e clínicas populares. Vale a pena pesquisar.
A formação em geriatria exige graduação em medicina e residência médica ou título de especialista. Já o gerontólogo pode ter formação em diversas áreas da saúde ou humanas, com especialização em envelhecimento.
Ambos, no entanto, compartilham uma característica essencial: a capacidade de ouvir, acolher e entender as múltiplas dimensões do envelhecer.
Mais do que tratar doenças, os geriatras ajudam o idoso a viver com propósito, dignidade e autonomia.
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