Bocejar demais pode ser até perigoso; entenda
Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brBocejar é um ato involuntário caracterizado por uma inalação profunda de ar pela boca, geralmente acompanhada de uma abertura ampla da mandíbula. Esse reflexo é comum em momentos de cansaço ou monotonia, e sua ocorrência pode ser influenciada por fatores fisiológicos e neurológicos.
Além disso, o bocejo é conhecido por ser "contagioso", ou seja, ao observar alguém bocejando, é quase incontrolável sentir vontade de fazer o mesmo imediatamente.
No entanto, embora o bocejo seja uma resposta normal do organismo, seu excesso pode estar relacionado a diversas condições, segundos especialistas da MedicalNewsToday:
- Distúrbios do sono: condições como insônia, apneia do sono e narcolepsia podem levar a uma sonolência diurna excessiva, resultando em bocejos frequentes.
- Problemas neurológicos: doenças como epilepsia, esclerose múltipla e enxaqueca podem ter o bocejo excessivo como um dos sintomas.
- Condições cardíacas: a síndrome vasovagal e eventos como infarto podem desencadear bocejos devido à estimulação do nervo vago.
- Distúrbios hormonais: alterações na tireoide e níveis elevados de cortisol, o hormônio do estresse, estão associados ao aumento da frequência de bocejos.
- Fatores emocionais: estresse, ansiedade e depressão podem contribuir para o bocejo excessivo, como uma forma do corpo lidar com a tensão acumulada.
- Outros fatores: desidratação, fadiga extrema, uso de certos medicamentos e até mesmo a necessidade de regular a temperatura corporal podem ser causas adicionais.
Quando procurar ajuda médica?
Se o bocejo excessivo estiver interferindo nas atividades diárias ou acompanhado de outros sintomas, é aconselhável buscar orientação médica. Profissionais como clínicos gerais, neurologistas, cardiologistas e especialistas em medicina do sono podem avaliar a situação e indicar o tratamento adequado.
Tratamentos e abordagens
O tratamento do bocejo excessivo depende da identificação e manejo da causa subjacente:
- Melhoria da qualidade do sono: adotar hábitos saudáveis de sono pode reduzir significativamente a frequência dos bocejos.
- Gestão do estresse: técnicas de relaxamento, como meditação e exercícios de respiração, podem ajudar a controlar o estresse e a ansiedade.
- Tratamento de condições médicas: abordar doenças como distúrbios neurológicos, cardíacos ou hormonais é essencial para reduzir os sintomas associados.
- Avaliação de medicamentos: em alguns casos, a revisão dos medicamentos em uso pode ser necessária, especialmente se estiverem contribuindo para o bocejo excessivo.
Embora o bocejo seja um reflexo natural do corpo, seu excesso pode ser um sinal de alerta para condições de saúde subjacentes. Estar atento à frequência dos bocejos e buscar orientação médica quando necessário é fundamental para garantir o bem-estar e a qualidade de vida.
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