Foto: Envato Elements
Por Beatriz Duranzi
redacao@viva.com.brSão Paulo, 07/09/2025 - Um novo estudo trouxe esperança no combate ao Alzheimer ao revelar que a união de dois compostos naturais pode ajudar a proteger o cérebro contra os efeitos da doença.
A descoberta abre caminho para estratégias baseadas em substâncias já conhecidas e de fácil acesso.
De acordo com a pesquisa, publicada em agosto na revista GeroScience e conduzida pela Universidade da Califórnia, a combinação de nicotinamida (derivada da vitamina B3) e galato de epigalocatequina (antioxidante presente no chá-verde) auxilia as células cerebrais a recuperar energia e a eliminar proteínas tóxicas relacionadas ao Alzheimer.
Nos experimentos realizados em neurônios cultivados em laboratório, foi possível observar a reversão de danos ligados ao envelhecimento e a melhora na remoção dos chamados agregados de proteína amiloide, que estão diretamente ligados ao avanço da doença.
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Os cientistas explicam que, com o envelhecimento, o cérebro sofre uma queda nos níveis de energia, dificultando a capacidade de “limpeza” natural das células.
Ao restabelecer essa energia com a dupla de compostos, os neurônios voltaram a desempenhar melhor essa função essencial.
Apesar dos resultados animadores, os pesquisadores reforçam que os testes foram realizados apenas em células em laboratório, não em humanos.
Por isso, ainda não é possível afirmar que o consumo de suplementos de vitamina B3 ou chá-verde traga os mesmos efeitos protetores contra o Alzheimer. Novos estudos serão necessários para confirmar a viabilidade clínica da descoberta.
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Mesmo com as limitações, os autores destacam que a pesquisa representa um avanço importante na busca por alternativas naturais e seguras para retardar ou até prevenir o declínio cognitivo associado ao Alzheimer.
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