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Hipoglicemia ou hiperglicemia? Entenda como evitar picos de glicose

Envato
Bianca Bibiano
Por Bianca Bibiano bianca.bibiano@viva.com.br

Publicado em 06/11/2025, às 09h05

São Paulo, 06/11/2025 - Os níveis de glicose muito baixos ou muito altos são comuns em pessoas com diabetes descontrolada, causando dois quadros conhecidos pelos profissionais de saúde como hipoglicemia e hiperglicemia.
Conceitualmente, a hipoglicemia é a glicose abaixo de 70 miligramas por decilitro (mg/dl), explica o médico endocrinologista Ronaldo Pineda Wieselberg, presidente da ADJ Diabetes Brasil. Já a hiperglicemia é a presença da glicose acima de 180 mg/dL. Esses níveis podem ser mensurados em exames laboratoriais e também em testes rápidos. "As duas situações causam complicações", diz Wieselberg.
  • A hipoglicemia oferece maior perigo em curto prazo, uma vez que a pessoa pode ter desorientação, coma, alterações cardíacas, até convulsões que podem levar à morte.
  • A hiperglicemia, se mantida de forma constante, pode aumentar a chance das complicações crônicas do diabetes, que incluem as neuropatias, as complicações dos nervos, a retinopatia, que são as complicações da retina, e a doença renal do diabetes, que são as complicações de rim, além de aumentar a chance de ter eventos cardiovasculares, como infarto e AVC.
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Diante dos riscos de hipoglicemia e hiperglicemia, o Ministério da Saúde alerta que a meta de glicose varia de acordo com a idade, condições gerais de saúde e outros fatores de risco, além de situações como a gravidez.
Durante o tratamento, é essencial manter hábitos saudáveis e estilo de vida ativo, além de seguir as orientações medicamentosas recomendadas pelo profissional de saúde.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o Brasil ocupa a 6º colocação no ranking mundial de casos de diabetes, atrás de países como China, Índia e Estados Unidos. Essa condição acontece quando o pâncreas não produz, ou produz insuficientemente, o hormônio insulina, que regula os açúcares do sangue.

O que é hipoglicemia?

De acordo com o Atlas da Diabetes 2025, da Federação Internacional de Diabetes, a hipoglicemia é uma baixa concentração de glicose no sangue. Isso pode ocorrer quando uma pessoa com diabetes injeta insulina em excesso, ingere pouca comida ou se exercita sem consumir alimentos adicionais.
Os sintomas podem variar de leve a grave e incluem tremedeira, nervosismo e ansiedade, suores e calafrios, além de irritabilidade e impaciência. Em casos mais preocupantes, uma pessoa pode apresentar confusão mental e delírio, taquicardia, tontura, fome, náusea, sonolência, visão embaçada, dor de cabeça e sensação de formigamento ou dormência nos lábios e na língua. 
A fraqueza e a fadiga também são comuns, assim como emoções intensas como raiva ou tristeza. Em casos críticos, pode ocorrer perda de consciência e até convulsões. A redução ne coordenação motora também é um sintoma importante a ser observado, de acordo com o Ministério da Saúde.

O que é hiperglicemia?

A hiperglicemia é causada por uma elevada concentração de glicose no sangue. Isso ocorre quando o corpo não tem insulina suficiente ou não consegue usar a insulina disponível para converter glicose em energia.
Os sintomas de hiperglicemia incluem sede intensa, boca seca, perda de peso e necessidade frequente de urinar. Sinais como dores, dormência, formigamento das pernas, visão turva e embaçada e prurido nas regiões genitais também podem aparecer.
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Para pessoas com diabetes tipo 1, a hiperglicemia pode levar ao coma e à cetoacidose diabética. Já em quem tem diabetes tipo 2, os sintomas pode ser imperceptíveis e a demora no diagnóstico ocasionar complicações como retinopatia, neuropatia, angiopatia, entre outros. 
Dentro dessa categoria, existe ainda a hiperglicemia na gravidez, que pode ser classificada como diabetes mellitus gestacional (DMG) ou diabetes na gravidez (DIP), e acontece quando os níveis de glicose ficam alterados durante o período da gestação. Nesses casos, há risco elevado de trombose para a mãe e também riscos para o bebê.

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