Estudo revela que depressão acelera risco de demência após os 40

Depressão pode elevar significativamente o risco de demência tanto na meia-idade quanto na velhice. Essa é a conclusão de um estudo, que reuniu dados de pesquisas anteriores e novas análises para entender melhor essa relação.

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Recentemente publicado na revista eClinicalMedicine, o trabalho reforça a necessidade de atenção aos quadros depressivos ao longo de toda a vida, não apenas pelo impacto na saúde mental, mas também como medida de proteção à saúde do cérebro. 

As ligações entre depressão e demência ainda são objeto de investigações complexas, mas algumas possíveis explicações envolvem inflamação crônica, alterações vasculares, desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, desequilíbrios em neurotransmissores e mudanças em fatores neurotróficos. Também há indícios de que componentes genéticos e comportamentais compartilhados possam aumentar o risco das duas condições.

O estudo analisou dados já publicados em revisões sistemáticas com meta-análises e, em uma segunda fase, reavaliou individualmente os estudos presentes nessas revisões, além de incorporar pesquisas mais recentes.

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Um dos principais focos foi observar em que momento da vida a depressão foi registrada (se na faixa dos 40 a 50 anos ou já a partir dos 60), para entender como esse fator influenciava o surgimento de demência.

Resultados sugerem que a depressão na velhice pode não ser apenas um fator de risco, mas também um possível sinal precoce do início da demência. Isso pode ser essencial para orientar estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento ao longo da vida.

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Esse panorama atualizado reforça a importância de intervenções precoces e contínuas no cuidado com a saúde mental. Ao identificar a depressão como um possível marcador e contribuinte para o declínio cognitivo, abre-se espaço para políticas públicas e ações de saúde mais integradas e eficazes.